São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Maioria prevê manutenção da taxa básica em 16,5% na reunião de hoje e amanhã; Bolsa cai 2,49%

Investidor já opera atento ao Copom de abril

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes mesmo de a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) deste mês começar, o mercado já discute as possibilidades de a taxa básica de juros ser reduzida em abril.
É que a aposta predominante dos investidores para a reunião deste mês (que acontece hoje e amanhã) é de manutenção dos juros básicos da economia em 16,5% anuais.
Ontem, no pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos DI (que acompanham os juros interbancários) recuaram, mas nada que alterasse as previsões para o encontro do Copom deste mês.
O contrato de prazo de vencimento mais curto fechou com taxa de 16,15%, ante 16,18% registrados na sexta. Apenas uma ínfima parcela do mercado ainda acredita na possibilidade de a Selic cair 0,25 ponto percentual.
O contrato DI com prazo em maio, que reflete a expectativa para o Copom do mês que vem, fechou com taxa de 16,05%, espelhando as crescentes apostas de que em abril a Selic possa ser reduzida em 0,50 ponto percentual.
As ações de empresas de telefonia derrubaram a Bolsa de Valores de São Paulo no pregão de ontem. O setor foi o principal responsável pela queda de 2,49% registrada pela Bolsa paulista. Na última sexta-feira, a Bovespa tinha dado sinais de recuperação, ao registrar valorização de 4,88%.

Teles
Com as quedas de 4,02% do papel preferencial da Telemar (o mais negociado e de maior peso no Ibovespa) e de 25,4% da ação ordinária da Embratel Participações, a Bolsa não conseguiu sustentar a alta registrada na abertura dos negócios.
As declarações do presidente do PL, Waldemar Costa Neto, que pediu a saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e do presidente do BC, Henrique Meirelles, não repercutiram bem no mercado. O PL é o partido do vice-presidente da República, José Alencar, e faz parte da base aliada do governo.
Apesar de terem perdido fôlego, os investidores estrangeiros continuam colocando dinheiro na Bovespa. Nos primeiros dez dias deste mês, a diferença entre compras e vendas de ações com capital estrangeiro foi positiva em R$ 49,38 milhões. No ano, o saldo é positivo em R$ 1,94 bilhão.
(FABRICIO VIEIRA)


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