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Telefonia lidera ranking de reclamações do Procon-SP
Telefônica foi a empresa que teve mais queixas registradas na capital em 2006
Desde 1998, setor aparece nas principais posições da lista; Vivo, Embratel e Claro estão entre os 5 primeiros, ao lado do Parque do Gugu
TATIANA RESENDE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O setor de telefonia lidera o
ranking do Procon-SP, divulgado ontem, Dia Internacional do
Consumidor, com quatro das
cinco empresas com mais reclamações na cidade de São
Paulo no ano passado. A Telefônica ocupa a primeira posição,
com 11% das queixas (2.262),
seguida da Vivo (1.076) e da
Embratel (916).
Na quarta colocação, está a
única empresa fora do segmento, o Parque Aquático do Gugu,
com 829 reclamações. A Claro,
que liderava a lista em 2005,
agora figura na quinta posição,
com 534 queixas. Desde 1998, o
setor sempre aparece nas principais posições.
O diretor-executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer, disse
que os problemas têm sido encaminhados para a Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações), que regula o segmento. "A conversão de pulsos
para minutos neste ano, dando
mais transparência às cobranças, pode diminuir esse número. Ou aumentar, pois estamos
insatisfeitos com a forma como
as operadoras estão informando o consumidor sobre a mudança", afirmou.
A medição por pulsos, que dificulta o controle do usuário, é
uma das principais reclamações na telefonia fixa, ao lado de
cobrança indevida e de serviços
não solicitados, como verificador de chamadas, e o cancelamento ou bloqueio da linha,
mesmo com pagamento em dia.
Nas operadoras de telefonia
móvel, a oferta de planos promocionais feita de maneira inadequada responde pela maior
parte das queixas. "As informações são insuficientes, e os
clientes não sabem, por exemplo, que existe uma cláusula de
fidelidade no contrato", disse.
Os clubes levaram os serviços
privados a ter 22,87% das reclamações. Além do Parque Aquático do Gugu, a Candeias Esporte Lazer e Recreação e a
Rusk, que faz consultoria e serviço de cobrança para os dois,
figuram na lista das dez principais empresas do ranking.
Clientes que não freqüentavam os clubes havia anos ou
que nunca foram sócios começaram a receber cobranças retroativas de taxas de manutenção e foram ameaçados de ter o
nome incluído no serviço de
proteção ao crédito.
O Ministério Público do Estado de São Paulo já havia entrado com uma ação civil pública, no ano passado, contra nove
clubes do país e a Rusk.
Completam a lista Gradiente
e Siemens BenQ, com queixas
sobre problemas do display do
celular e baterias que não seguram a carga, entre outros, e a
Easy Buy, acusada de enviar
produtos, supostamente comprados pela internet, sem a solicitação do consumidor.
Os assuntos financeiros, que
incluem bancos, financeiras e
operadoras de cartão, têm
18,15% das reclamações.
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