São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 2002

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BOLSA

CVM investiga se houve informação privilegiada em negócios com ações do BB
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais, confirmou que está acompanhando com atenção os negócios realizados na Bovespa com ações do BB (Banco do Brasil).
Segundo Norma Parente, diretora-colegiada da CVM, a autarquia pediu ao BB para explicar se alguém teve informação privilegiada sobre a operação de venda de ações em poder do governo. Também solicitou o nome de todos os compradores e vendedores de ações do BB nos últimos dias.
Pelas normas da CVM, caracteriza-se "informação privilegiada" quando um determinado investidor (ou um grupo) recebe, em caráter reservado, notícia sobre uma companhia com ações em Bolsa que pode alterar, de forma brusca, o comportamento dos papéis. Por exemplo, um resultado negativo de balanço, uma aquisição ou fusão etc.
Essa prática permite a quem detém as informações manipular o mercado, vendendo ou comprando ações sabendo que tal notícia pode, quando confirmada, fazer o papel subir ou cair. Segundo a CVM, os preços das ações têm sofrido oscilações fortes, o que justifica um monitoramento mais minucioso da movimentação dos papéis.
Norma afirmou que todas as ações que sofrem "variações significativas" estão sujeitas a uma espécie de "malha fina". Para cair nesse mecanismo, o critério varia de empresa para empresa, de acordo com a intensidade de alta ou de queda das ações e sua liquidez (volume negociado).
Essas "oscilações significativas", afirma ela, começaram a ocorrer nos dias anteriores ao anúncio da operação de venda de ações do governo no BB (16,3% do capital do banco), feito na semana passada, e continuaram após o anúncio da pulverização dos papéis.
(DA SUCURSAL DO RIO)


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