São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Preços despencam
Os preços agrícolas despencaram nos últimos 30 dias no Estado de São Paulo. Conforme pesquisa do IEA (Instituto de Economia Agrícola), a queda foi de 2,95% na segunda quadrissemana deste mês. Foi a 11ª queda nas últimas 13 semanas.

Carnes lideram
Nelson Batista Martin, coordenador da pesquisa do IEA, destacou as quedas nos preços das carnes no período. A suína teve recuo de 14%, enquanto a de frango ficou 10% mais barata e a de boi, 5%. No mesmo período, os ovos caíram 16%.

Poucas altas
A pesquisa do IEA mostrou poucas altas no período. As maiores foram as do feijão e do amendoim, ambos com reajuste de 19%. Leite (7%) e algodão (6%) também voltaram a subir. Nem mesmo o café, que iniciava uma recuperação de preços, resistiu. A queda na semana foi de 0,7%.

Acertando os ponteiros
Brasil e Japão querem acertar os ponteiros nas questões agrícolas. O professor Keiji Ohga, ex-funcionário do Ministério da Agricultura do Japão, participa de encontro no dia 22, na Secretaria de Agricultura, para conhecer a agricultura brasileira e repassar informações sobre esse mesmo setor no Japão. Essa troca de informações poderá ser útil para os países desenvolverem uma política conjunta nas rodadas da OMC.

Sem chuvas
Paraná e Mato Grosso continuam sem chuvas, dificultando o desenvolvimento da cultura do milho safrinha. Os preços estão em alta.

Mercado desfavorável
O mercado externo não está favorável para o agronegócio neste período do ano. As receitas das exportações se mantêm em queda, enquanto os gastos com as importações aumentaram no agronegócio, conforme dados divulgados ontem pela Secex.

Exportações menores
Os dados da Secex mostraram que as exportações de soja deste mês estão 24% inferiores às do ano passado. No mesmo período, as receitas com as vendas externas de carnes caíram 14%; as de café, 28%; e as de açúcar, 30%. O suco teve aumento de 42% em relação a abril de 2001.

Importações maiores
Já a saída de dólares para o pagamento das importações de leite foi 76% maior neste mês do que no mesmo período do ano passado. Os gastos com cereais, inclusive o trigo, aumentaram 7% no período, mas as despesas com adubos e fertilizantes recuaram 14%.

Crise avança
Os países da América Central reclamam que a crise cafeeira já afeta outros setores, como o de transporte e financeiro. Até os governos já estariam sentindo os efeitos de uma arrecadação menor de impostos.

Outra realidade
No Brasil, esses efeitos já não são tão fortes como nos demais países produtores, afirma uma fonte do setor. A dependência da economia brasileira do café é bem menor do que nos anos 50, quando uma queda de preços afetava todo o sistema econômico.

e-mail: mzafalon@folhasp.com.br



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