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MERCADO ABERTO
País está longe de "inserção exportadora"
Apesar do aumento expressivo das vendas ao exterior
nos últimos três anos -média anual de 25,1%-, o Brasil ainda está distante de um processo de "inserção exportadora",
ou seja, de se posicionar melhor
no comércio mundial de forma
duradoura e estrutural.
A conclusão consta de estudo
do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) com 15 dos 30 maiores exportadores do mundo e dados
desde 1950. Foram excluídos da
lista os países com declínio ou estabilidade em sua participação
nas exportações mundiais.
A análise dos dados permite
concluir que nenhum processo
de "inserção exportadora" é rápido e que, em nenhum caso relevante, durou menos de duas
décadas. Nesse sentido, destaca o
estudo do Iedi, o governo brasileiro, antes de comemorar os resultados recentes, deveria estar
preocupado em assegurar dinamismo semelhante em, ao menos, uma década e meia a mais.
O estudo destaca que as inserções de diferentes países ocorreram em momentos distintos, alguns, por exemplo, com antecedência ao movimento de globalização a partir dos anos 80. Em todos os casos, porém, o processo
ocorreu com exportações que
cresceram não só por períodos
longos mas também a taxas que,
via de regra, foram o dobro da
média mundial de expansão das
vendas para o exterior.
Para o Iedi, fatos recentes como
a política cambial que permite a
contínua valorização do real e a
retenção de recursos dos exportadores pelos Estados no caso do
ICMS, devido à resistência do governo federal em compensar essa
perda na arrecadação, mostram
que o país ainda não tem tratado
o setor com a devida atenção.
Nesse contexto, alerta o Iedi, o
país poderá ter que se contentar
com dados como os recém-divulgados pela OMC, segundo os
quais a participação das exportações brasileiras no total mundial
subiu de 0,9% para 1,1%.
CONSIGNADO RECORDE
O Banco do Brasil contratou 58
mil novas operações de crédito
consignado na primeira semana
de abril. O volume movimentado com a linha nesse período foi
de quase R$ 200 milhões. Desse
total, R$ 44 milhões foram de
contratações referentes a um
único dia, a sexta-feira da semana passada, dia 7. O número é recorde desde o lançamento do
produto. A carteira ativa do banco para essa modalidade de crédito já supera os R$ 5 bilhões.
FUNDO MAIOR
O ex-diretor do BC Sérgio
Darcy irá presidir o conselho deliberativo da Centrus em um
momento em que o fundo de
pensão dos funcionários do Banco Central cresce de tamanho. O
patrimônio da fundação atingiu
em 2005 um patrimônio de R$
7,8 bilhões, o que a levou da sétima para a quarta posição no ranking dos maiores fundos de pensão. Estima-se a Centrus possua
o maior superávit técnico entre
os fundos, de R$ 2,5 bilhões.
FRANCO-CARIOCA EM SÃO PAULO
Além de dividir o tempo entre o restaurante carioca Olympe,
o recém-inaugurado Bistrô 66 e um programa na TV paga, o
chef francês radicado no Brasil Claude Troisgros tem viajado,
ao menos duas vezes por mês, para dar workshops em diferentes cidades do país, de Porto Alegre a Fortaleza. Na semana que
passou, foi a vez de São Paulo receber o chef, depois de mais de
dois anos. Entre outros pratos, ele mostrou como se faz o tradicional coquille saint-jacques e um suflê de maracujá. "Foram
duas horas de "work" e 20 minutos de "shop'", diz Troisgros, um
dos primeiros chefs franceses a chegar ao país, há 26 anos. Morador do Rio, ele quer resgatar o modelo de bistrô na cidade
com seu novo restaurante, mas de forma adaptada. "Sem os
"cassoulets", que não combinam com o clima do Rio", diz.
DIVERSIFICAÇÃO
O crescimento da indústria
farmacêutica em 2005, estimado em 10%, irá se refletir
na diversificação do perfil do
expositor na 11ª edição da
FCE Pharma, uma das principais feiras do setor na América Latina, na próxima semana, em São Paulo. Neste ano,
o evento no Transamérica
Expo Center contará com um
pavilhão adicional de 10 mil
m2, além de um número
maior de empresas terceirizadas, que atuam, por exemplo,
na fabricação de embalagens
para laboratórios, diz João
Paulo Picolo, da VNU, organizadora do evento. Outra
novidade é a presença maior
de companhias de biotecnologia. Junto com a FCE Pharma ocorrerá a FCE Cosmetique, do setor de cosméticos.
A expectativa é uma alta de
15% no público neste ano.
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