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Expectativa do mercado é nova redução da taxa Selic
Inflação norte-americana será divulgada amanhã
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado doméstico terá na
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária) o principal
evento desta semana.
Nos Estados Unidos, a divulgação do CPI (índice de preços
ao consumidor americano)
amanhã vai ser o mais relevante evento a ser acompanhado
pelo mercado financeiro.
Entre amanhã e quarta-feira,
o Copom vai decidir como fica a
taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que está
em 12,75% anuais.
A esmagadora maioria de investidores e analistas espera
que a taxa seja reduzida em
0,25 ponto percentual, para
12,50%.
O cenário externo ainda incerto -especialmente devido à
economia americana- não daria espaços para que o Copom
fosse mais ousado neste momento. Uma parada técnica
-ou seja, a manutenção da Selic no atual patamar- também
tem sido descartada pelo mercado nesse momento.
Para o Departamento de
Economia do Santander Banespa essa reunião do Copom
"será realizada sob forte consenso de que a Selic sofrerá um
corte de 0,25 ponto".
"Dificilmente o resultado será diferente, mas o mercado
buscará na nota divulgada após
a reunião e na ata motivos para
acreditar que o Banco Central
venha, em algum momento do
ano, a cortar a taxa em 0,50
ponto percentual."
A Selic serve de referência
para as outras taxas praticadas
no mercado. Em períodos de alta da Selic, os juros cobrados
em diferentes modalidades de
crédito tendem a subir. Em
momentos de redução da taxa
básica, os outros juros tendem
a recuar.
Na semana passada, as taxas
futuras dos contratos DI (Depósito Interfinanceiro) negociados na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) recuaram moderadamente.
De segunda para sexta, a taxa
do DI de prazo de vencimento
mais curto, que espelha as projeções para a reunião do Copom, recuou de 12,52% para
12,46% -o que indica expectativa de redução de 0,25 ponto
na Selic.
A saída do diretor de Política
Monetária do BC, Rodrigo Azevedo, na semana passada aumentou as expectativas do
mercado em relação aos juros
poderem recuar de forma mais
forte no segundo semestre do
ano. Azevedo -ao lado de
Afonso Beviláqua, que deixou o
BC no mês passado- era visto
como um dos mais conservadores diretores da autoridade monetária.
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra, diz
que o BC "deve manter o ritmo
de flexibilização da política monetária, reduzindo a taxa Selic
em 0,25 ponto".
"Estimamos que a taxa de juros encerre 2007 em 11,25%, o
que implica reduções de 0,25
pontos em todas as reuniões do
Copom daqui até o final do
ano", diz a economista.
Segundo o último boletim
Focus, feito a partir de pesquisa
do BC com cem bancos, a Selic
deve encerrar o ano em 11,50%.
Inflação
Nos Estados Unidos será conhecido amanhã um importante indicador, que é o CPI do
mês de março. O mercado espera que o índice de preços ao
consumidor americano fique
em torno de 0,6%. Em fevereiro, esse índice de preços marcou alta de 0,4%.
Para o núcleo do índice, que
exclui as variações de preços de
energia e alimentos, a expectativa é que demonstre uma alta
de 0,2%.
Amanhã também serão conhecidos dados do mercado
imobiliário americano, levantados pelo MBA (Associação de
Bancos de Hipoteca dos EUA,
na sigla em inglês).
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