São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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Governo continuará a fazer desonerações, diz Mantega

Frigoríficos e folha de pagamento são novos alvos

JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pressionado por deputados a apresentar novas soluções para a crise econômica, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem pela manhã, em audiência pública na Câmara, que o governo vai continuar com a redução de impostos.
Mantega não explicou, porém, como o governo vai compensar a redução do caixa neste momento de queda da arrecadação tributária.
"A redução de impostos vai continuar, mas será graduada de acordo com as nossas disponibilidades", afirmou Mantega, que à tarde anunciou a redução da meta de superávit fiscal para este ano.
A Receita Federal já havia alertado de que o governo não tem mais espaço para desonerações. Ainda assim, o Ministério da Fazenda segue com as promessas de redução de tributos, o que leva a crer que outros setores poderão pagar mais impostos para que a conta feche. Uma das possibilidades é um novo aumento de tributos sobre os cigarros.
Mantega afirmou que vai conceder desoneração para a indústria de frigoríficos, mas não detalhou quais tributos podem ser reduzidos no setor.
O ministro disse que está em estudo a desoneração da folha de pagamentos das empresas. "Vamos continuar tomando medidas para baratear o custo de produção. Queremos reduzir o custo da mão de obra. [A desoneração da folha] ainda está no nosso horizonte."
Outra promessa do ministro aos deputados foi a criação de um fundo garantidor para o crédito de pequenas e médias empresas. Esse segmento reclama que tem mais dificuldade de obter financiamentos nos bancos por não ter garantias suficientes para apresentar.
Segundo assessores do ministro, o fundo servirá para garantir que as pequenas e médias empresas tomem empréstimos no BNDES. Ainda não está fechado o valor nem a fonte dos recursos.

Eletrodomésticos
A Receita Federal confirmou ontem que apresentou ao ministro o estudo para zerar ou reduzir pela metade, durante três meses, a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para geladeira, fogão, máquina de lavar e tanquinho. A queda na arrecadação seria de R$ 264 milhões com a isenção total.


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