São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Gasolina disparou 10 % em abril; produção da indústria se expande pelo quarto mês consecutivo

Inflação nos EUA é a maior em 11 meses

DA REDAÇÃO

A inflação dos EUA registrou no mês passado a maior alta dos últimos 11 meses, com o índice de reajuste bastante pressionado pelos preços dos combustíveis. Também em abril, a produção industrial do país voltou a mostrar expansão, em uma nova evidência da recuperação econômica.
De acordo com o Departamento do Trabalho, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5%, o maior ganho desde um índice equivalente registrado em maio do ano passado. A maior fonte de pressão foi a gasolina, cujo preço disparou 10% no período.
Deixando de lado as voláteis categorias de energia (onde entram combustíveis e alimentos), a inflação aumentou 0,3%. Para os analistas, ainda não existe grande pressão inflacionária e o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) não precisa ter pressa para elevar os juros, que, desde dezembro, são os menores em 40 anos.
"Se tivermos mais dois meses como abril, com o CPI ficando acima das expectativas, aí haverá motivos para preocupação", disse Paul Cherney, da consultoria S&P Marketscope. "Mas o Fed vai aguardar, porque quer ter certeza de que a recuperação está em andamento, de maneira sólida."
Na semana passada, o Fed decidiu não mexer na taxa de juros, fixada em 1,75% ao ano. Para Alan Greenspan, o presidente da instituição, ainda é incerto o crescimento, nos próximos meses, dos gastos dos consumidores e dos investimentos empresariais.
A produção industrial norte-americana, segundo relatório divulgado pelo Fed, cresceu 0,4% no mês passado, a quarta expansão consecutiva. O ganho reflete, em boa parte, uma expansão das montadoras.
O uso total de capacidade instalada utilizada cresceu um pouco, de 75,3%, em março, para 75,5%. A ociosidade vem sendo reduzida desde dezembro, quando atingiu seu ponto mais baixo, mas ainda permanece elevada, o que deve adiar contratações de funcionários e novos investimentos.



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