São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Pode parar de subir
Os preços do milho estão mais acomodados nos últimos dias. Analistas afirmam que o produto pode até recuar nas próximas semanas. Mato Grosso, Goiás e Paraná -este último ainda com participação pequena- já começam a ofertar milho safrinha.

De olho no mercado
O cerealista José Pitoli, de Cornélio Procópio (PR), diz que o produtor deve ficar atento a dois fatores: momento da venda e melhora nas perspectivas de safra após as chuvas. No que se refere à comercialização, a oferta de milho será maior em junho, e a política dos compradores, de não formar estoques, pode derrubar o preço.

Nas mãos dos produtores
Pitoli diz que os produtores seguram o milho em busca de melhores opções de venda, mas devem ficar atentos ao movimento dos preços. Além da chegada da safrinha, cooperativas e cerealistas colocarão mais milho para deixar espaço para a boa safra de trigo.

Perto do fim
O plantio de trigo está quase encerrado no Paraná. Na região norte do Estado, 90% da área destinada ao produto já foi semeada. A produção será uma das maiores dos últimos anos, mas ainda bem abaixo do recorde nacional de 6 milhões de toneladas de 1986.

Contra os subsídios
A Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara debate hoje, com representantes do setor de algodão, represálias contra os subsídios dos EUA. A proposta da Abrapa (associação dos produtores) é de taxa compensatória de 115% por quilo de algodão nas importações dos EUA.

Contra-ataque
Produtores de arroz do Mercosul, reunidos na Fenarroz, em Cachoeira do Sul (RS), querem a elevação da TEC (Tarifa Externa Comum) de 13% para 35% para vigorar até maio de 2003. A elevação da tarifa é um contra-ataque do setor produtivo à preparação de importações de arroz dos EUA pelas indústrias do setor.

Defesa conjunta
Francisco Lineu Schardong, da Farsul, diz que os produtores de Argentina, Uruguai e Brasil se reuniram para discutir área de plantio, produção e comercialização. O grupo, segundo Schardong, quer impedir a chegada ao Mercosul de arroz "altamente subsidiado de outras regiões".

Novas reuniões
Schardong diz que os produtores querem uma tarifa provisória para se antecipar já à importação de arroz. Ele diz que o setor vai ter novas reuniões para discutir as soluções para o arroz no Mercosul. O próximo encontro será em 7 de junho, em Montevidéu.

Baixa procura
Os mais recentes leilões de arroz realizados no Sul estão com pouca procura. O menor interesse dos produtores se deve à estabilidade nos preços e à expectativa de que o preço do produto supere os valores de exercício, segundo o Cepea.

Busca de parcerias
Uma delegação chinesa esteve ontem em Minas Gerais para buscar informações sobre a agricultura e a pecuária mineiras. Minas e China devem fazer um intercâmbio para a troca de tecnologias.

e-mail: mzafalon@folhasp.com.br



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