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Ministro afirma que não entende de juros
DO ENVIADO A FRANKFURT
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) não quis
entrar diretamente na discussão
sobre a conveniência ou não de
uma queda na taxa básica de juros, como propuseram anteontem o vice-presidente do Brasil,
José Alencar, e o senador Aloizio
Mercadante. Mas deixou claro
que acha conveniente uma redução progressiva dos juros.
"Os números divulgados mostram que a possibilidade no curto
prazo é a de uma deflação no atacado. Eu não entendo de juros,
mas o que desejo é que o alcance
da transição da economia brasileira seja sólido o suficiente para
que possamos passar para a próxima etapa, que é a do desenvolvimento sustentado." O ministro
reafirmou que o programa de política industrial está sendo desenvolvido pelo governo e será divulgado no segundo semestre. "Estamos conversando com 20 setores,
com ênfase no químico e no eletroeletrônico. Essas duas cadeias
têm prioridade no governo, porque acarretam um déficit de US$
8 bilhões ao ano."
O ministro evitou falar sobre o
câmbio, mas comentou: "O que
vemos [a alta do real] é uma acomodação. Estamos nos aproximando da taxa de câmbio do ano
passado, corrigida. O que é adequado, porque retira a distorção
causada pela apreensão causada
pelas eleições".
(MD)
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