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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Máquinas nacionais perdem espaço para bens importados
O dólar baixo tem provocado
uma queda na participação das
máquinas nacionais no consumo de bens de capital no Brasil.
Apesar de o consumo aparente
do setor no país ter crescido
10,1% de janeiro e abril em relação ao ano passado, a participação das máquinas nacionais
caiu de 59,9% para 56,1%.
Nos primeiros quatro meses,
o consumo aparente de bens de
capital somou R$ 20,35 bilhões. O consumo é calculado
pela soma da produção interna
com a importação menos a exportação.
As importações de bens de
capital nesses quatro primeiros
meses somaram R$ 4,3 bilhões,
uma alta de 26,8% em relação
ao ano passado. As exportações
totalizaram, de janeiro a abril,
R$ 3,2 bilhões, 25,5% a mais do
que em 2006. O déficit comercial do setor atingiu o número
recorde de R$ 1,1 bilhão.
O empresário Luiz Aubert,
presidente eleito da Abimaq
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), afirma que esses números camuflam a realidade.
Segundo ele, as importações
estão aumentando, entre outras razões, porque muitas empresas aproveitam o dólar baixo para substituir suas próprias
produções. Ou seja, as empresas estão preferindo importar
os produtos para vendê-los no
mercado interno como se fossem delas.
Aubert dá o exemplo de injetoras de plástico, que são adquiridas na China por US$ 4 a
US$ 5 o quilo, uma quantia que,
segundo ele, não seria suficiente nem para pagar o aço usado
na fabricação do produto. As
importações se concentram
principalmente na China.
"A concorrência é predatória", diz Aubert.
O crescimento de 25,5% das
exportações também pode levar, segundo Aubert, a conclusões precipitadas a respeito do
desempenho externo dos bens
de capital produzidos no Brasil.
Dos 30 setores pesquisados, só
dois-de máquinas rodoviárias
e de equipamentos pesados-
respondem por 30% dessas exportações.
Mesmo assim, em um deles,
o de máquinas rodoviárias,
uma parte significativa das exportações é da Caterpillar, cuja
base de fabricação do mundo fica no Brasil. Ou seja, independentemente do câmbio, a empresa terá sempre de exportar o
que produz.
Terrazas faz parceria com Almacén Del Sur
A Terrazas de Los Andes
vai lançar uma campanha de
inverno em parceria com a
delicatessen argentina Almacén Del Sur.
Trata-se da ação Terrazas
Reserva que oferecerá, nos
maiores restaurantes de São
Paulo, degustações de Terrazas Reserva Malbec, Reserva Syrah e Reserva Cabernet Sauvignon com receitas gourmet da Almacén
Del Sur.
A dupla dará a alguns
clientes viagens a Mendoza,
na Argentina, para conhecer
as vinícolas de Luján de Cuyo e se hospedar na Casa
Terrazas. É a primeira vez a
marca oferece viagens.
"No inverno, cresce cerca
de 70% o consumo de vinhos
no país", diz Paola Mastrocolla, responsável pela marca no Brasil.
SÓ NO SAPATINHO
A marca de caçados IM!, criada há três meses pelo empresário David Gonçalves e pela designer Roberta Gonçalves,
prepara-se para começar sua distribuição em agosto. A meta
é alcançar 600 pontos-de-venda no país até o final do ano. A
marca vai iniciar a produção com 3.000 pares de sapatos por
dia e 8.000 bolsas por mês. A IM! acaba de acertar representação para distribuir os produtos em países da Europa e na
Argentina. O próximo foco é o México.
QUEM DÁ MAIS
O governo do Estado do
Rio de Janeiro calcula que
pode chegar a R$ 600 milhões o preço mínimo da
venda do Berj (ex-Banerj),
em julho. O governador Sérgio Cabral (PMDB) vai tentar conseguir lances mais altos no leilão.
INVESTIDOR
A Eaesp-FGV, promove,
no dia 21, o seminário "Comunicação e Relacionamento com o Investidor", em São
Paulo. O evento abordará temas como "O que um investidor deve observar em uma
empresa antes de tornar-se
shareholder", e outros.
ACELERADOR
A Volkswagen do Brasil
atinge, na segunda-feira, o
maior volume de produção
diária de carros e comerciais
leves da história da empresa
no país. São 2.750 unidades,
200 a mais que o volume
realizado nesta semana. Começa a operar em sua plena
capacidade o terceiro turno
da fábrica de Taubaté, que
concentra a produção do
Gol.
NOVA CASA
Uma das maiores do mundo, a armadora CMA CGM
inaugura, na próxima quarta-feira, seu edifício-sede
em São Paulo, na Vila Olímpia. O vice-presidente mundial e executivo-chefe da
companhia, o francês Rodolphe Saadé, vem para o evento. Presente em 150 países, a
CMA CGM tem faturamento de US$ 8,4 bilhões por
ano.
VELOCIDADE
A Stock Car volta a São
Paulo, amanhã, no autódromo de Interlagos. A prova
tem registrado em média 36
mil pessoas por etapa. Em
2007, a Stock deverá movimentar mais de R$ 300 milhões, uma alta de 20% em
relação a 2006. Mais de 90
empresas investem na categoria e 10 mil clientes e parceiros freqüentam os camarotes das empresas.
CÂMERA NA MÃO
A BBC World levará ao ar
o documentário "Puro Espírito do Brasil", produzido
pela O2 Filmes, hoje e amanhã, na Ásia, Europa, África,
EUA e América Latina. O
trabalho foi rodado em Salvador, Rio, São Paulo e Florianópolis. Foram filmados
grupos de amigos em situações rotineiras. O documentário foi lançado no Festival
de Cannes.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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