São Paulo, sábado, 16 de junho de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Máquinas nacionais perdem espaço para bens importados

O dólar baixo tem provocado uma queda na participação das máquinas nacionais no consumo de bens de capital no Brasil. Apesar de o consumo aparente do setor no país ter crescido 10,1% de janeiro e abril em relação ao ano passado, a participação das máquinas nacionais caiu de 59,9% para 56,1%.
Nos primeiros quatro meses, o consumo aparente de bens de capital somou R$ 20,35 bilhões. O consumo é calculado pela soma da produção interna com a importação menos a exportação.
As importações de bens de capital nesses quatro primeiros meses somaram R$ 4,3 bilhões, uma alta de 26,8% em relação ao ano passado. As exportações totalizaram, de janeiro a abril, R$ 3,2 bilhões, 25,5% a mais do que em 2006. O déficit comercial do setor atingiu o número recorde de R$ 1,1 bilhão.
O empresário Luiz Aubert, presidente eleito da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), afirma que esses números camuflam a realidade.
Segundo ele, as importações estão aumentando, entre outras razões, porque muitas empresas aproveitam o dólar baixo para substituir suas próprias produções. Ou seja, as empresas estão preferindo importar os produtos para vendê-los no mercado interno como se fossem delas.
Aubert dá o exemplo de injetoras de plástico, que são adquiridas na China por US$ 4 a US$ 5 o quilo, uma quantia que, segundo ele, não seria suficiente nem para pagar o aço usado na fabricação do produto. As importações se concentram principalmente na China.
"A concorrência é predatória", diz Aubert.
O crescimento de 25,5% das exportações também pode levar, segundo Aubert, a conclusões precipitadas a respeito do desempenho externo dos bens de capital produzidos no Brasil. Dos 30 setores pesquisados, só dois-de máquinas rodoviárias e de equipamentos pesados- respondem por 30% dessas exportações.
Mesmo assim, em um deles, o de máquinas rodoviárias, uma parte significativa das exportações é da Caterpillar, cuja base de fabricação do mundo fica no Brasil. Ou seja, independentemente do câmbio, a empresa terá sempre de exportar o que produz.

Terrazas faz parceria com Almacén Del Sur

A Terrazas de Los Andes vai lançar uma campanha de inverno em parceria com a delicatessen argentina Almacén Del Sur.
Trata-se da ação Terrazas Reserva que oferecerá, nos maiores restaurantes de São Paulo, degustações de Terrazas Reserva Malbec, Reserva Syrah e Reserva Cabernet Sauvignon com receitas gourmet da Almacén Del Sur.
A dupla dará a alguns clientes viagens a Mendoza, na Argentina, para conhecer as vinícolas de Luján de Cuyo e se hospedar na Casa Terrazas. É a primeira vez a marca oferece viagens.
"No inverno, cresce cerca de 70% o consumo de vinhos no país", diz Paola Mastrocolla, responsável pela marca no Brasil.

SÓ NO SAPATINHO
A marca de caçados IM!, criada há três meses pelo empresário David Gonçalves e pela designer Roberta Gonçalves, prepara-se para começar sua distribuição em agosto. A meta é alcançar 600 pontos-de-venda no país até o final do ano. A marca vai iniciar a produção com 3.000 pares de sapatos por dia e 8.000 bolsas por mês. A IM! acaba de acertar representação para distribuir os produtos em países da Europa e na Argentina. O próximo foco é o México.

QUEM DÁ MAIS
O governo do Estado do Rio de Janeiro calcula que pode chegar a R$ 600 milhões o preço mínimo da venda do Berj (ex-Banerj), em julho. O governador Sérgio Cabral (PMDB) vai tentar conseguir lances mais altos no leilão.

INVESTIDOR
A Eaesp-FGV, promove, no dia 21, o seminário "Comunicação e Relacionamento com o Investidor", em São Paulo. O evento abordará temas como "O que um investidor deve observar em uma empresa antes de tornar-se shareholder", e outros.

ACELERADOR
A Volkswagen do Brasil atinge, na segunda-feira, o maior volume de produção diária de carros e comerciais leves da história da empresa no país. São 2.750 unidades, 200 a mais que o volume realizado nesta semana. Começa a operar em sua plena capacidade o terceiro turno da fábrica de Taubaté, que concentra a produção do Gol.

NOVA CASA
Uma das maiores do mundo, a armadora CMA CGM inaugura, na próxima quarta-feira, seu edifício-sede em São Paulo, na Vila Olímpia. O vice-presidente mundial e executivo-chefe da companhia, o francês Rodolphe Saadé, vem para o evento. Presente em 150 países, a CMA CGM tem faturamento de US$ 8,4 bilhões por ano.

VELOCIDADE
A Stock Car volta a São Paulo, amanhã, no autódromo de Interlagos. A prova tem registrado em média 36 mil pessoas por etapa. Em 2007, a Stock deverá movimentar mais de R$ 300 milhões, uma alta de 20% em relação a 2006. Mais de 90 empresas investem na categoria e 10 mil clientes e parceiros freqüentam os camarotes das empresas.

CÂMERA NA MÃO
A BBC World levará ao ar o documentário "Puro Espírito do Brasil", produzido pela O2 Filmes, hoje e amanhã, na Ásia, Europa, África, EUA e América Latina. O trabalho foi rodado em Salvador, Rio, São Paulo e Florianópolis. Foram filmados grupos de amigos em situações rotineiras. O documentário foi lançado no Festival de Cannes.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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