São Paulo, terça-feira, 16 de junho de 2009

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Planalto cobra diminuição de "spread" bancário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender ontem a redução do "spread" bancário (diferença entre os juros que o banco paga aos investidores e o que cobra nos empréstimos), já que a taxa Selic vem baixando gradativamente a cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
"Não basta a taxa Selic cair. É importante que ela caia, mas é importante que o "spread" bancário diminua no Brasil. O "spread" ainda está muito alto", afirmou no seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente".
A redução da Selic para 9,25%, disse Lula, demonstra seriedade com que o governo trata da política monetária. Desde janeiro, o Banco Central cortou a taxa Selic em 4,5 pontos percentuais. No mesmo período, o "spread" bancário passou, na média, de 30,7 pontos percentuais no começo do ano para 28,2 pontos em abril, segundo o BC -não foram divulgados dados referentes a maio ou junho.
O presidente disse que gostaria que o PIB tivesse crescido 5% no primeiro trimestre em vez de cair 0,8%. Ele afirmou que os consumidores "seguraram a economia brasileira" e, por isso, espera que os empresários "estejam conscientes" disso.

Juro ao consumidor
As taxas médias de juros do empréstimo pessoal e do cheque especial caíram pelo sexto mês seguido em junho, embora em um ritmo mais fraco que nos meses anteriores, informou o Procon-SP.
No empréstimo pessoal, a taxa média entre os 10 bancos pesquisados passou de 5,57% ao mês em maio para 5,52% ao mês em junho -queda de 0,05 ponto percentual. No cheque especial, a taxa média caiu de 8,89% para 8,87%, com redução de 0,02 ponto percentual.
Dos dez bancos pesquisados (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco), a Caixa Federal foi o banco com menores taxas para as duas modalidades: 4,39% ao mês para o empréstimo pessoal e 6,79% para cheque especial. O levantamento foi realizado antes do recuo da Selic para 9,25% ao ano. Após o anúncio, vários bancos reduziram suas taxas.


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