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Planalto cobra diminuição de "spread" bancário
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva voltou a defender ontem a redução do
"spread" bancário (diferença
entre os juros que o banco
paga aos investidores e o que
cobra nos empréstimos), já
que a taxa Selic vem baixando gradativamente a cada
reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária).
"Não basta a taxa Selic cair.
É importante que ela caia,
mas é importante que o
"spread" bancário diminua no
Brasil. O "spread" ainda está
muito alto", afirmou no seu
programa semanal de rádio,
"Café com o Presidente".
A redução da Selic para
9,25%, disse Lula, demonstra seriedade com que o governo trata da política monetária. Desde janeiro, o Banco
Central cortou a taxa Selic
em 4,5 pontos percentuais.
No mesmo período, o
"spread" bancário passou, na
média, de 30,7 pontos percentuais no começo do ano
para 28,2 pontos em abril, segundo o BC -não foram divulgados dados referentes a
maio ou junho.
O presidente disse que
gostaria que o PIB tivesse
crescido 5% no primeiro trimestre em vez de cair 0,8%.
Ele afirmou que os consumidores "seguraram a economia brasileira" e, por isso, espera que os empresários "estejam conscientes" disso.
Juro ao consumidor
As taxas médias de juros
do empréstimo pessoal e do
cheque especial caíram pelo
sexto mês seguido em junho,
embora em um ritmo mais
fraco que nos meses anteriores, informou o Procon-SP.
No empréstimo pessoal, a
taxa média entre os 10 bancos pesquisados passou de
5,57% ao mês em maio para
5,52% ao mês em junho
-queda de 0,05 ponto percentual. No cheque especial,
a taxa média caiu de 8,89%
para 8,87%, com redução de
0,02 ponto percentual.
Dos dez bancos pesquisados (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal, HSBC,
Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco), a
Caixa Federal foi o banco
com menores taxas para as
duas modalidades: 4,39% ao
mês para o empréstimo pessoal e 6,79% para cheque especial. O levantamento foi
realizado antes do recuo da
Selic para 9,25% ao ano.
Após o anúncio, vários bancos reduziram suas taxas.
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