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BANCOS
Empresa quer mais recursos para participar do processo de aquisições e fusões
Goldman, Sachs decide abrir capital
de Nova York
O banco de investimentos Goldman, Sachs & Company anunciou
que vai encerrar uma sociedade
que já dura 129 anos para se tornar
uma empresa de capital aberto.
A Goldman, Sachs deve oferecer
de 10% a 15% da empresa em ações
no próximo outono. A decisão faz
parte de uma tentativa de se tornar
mais competitiva.
Uma oferta pública deverá fortalecer seu capital de base e garantir
recursos em papéis (ações), que
poderão vir a ser utilizados na
aquisição ou fusão com outras
empresas financeiras americanas e
estrangeiras.
Apesar de vir experimentando
lucros recordes, com ganhos de
US$ 1 bilhão em cada um dos últimos trimestres, a Goldman está
em desvantagem quanto às suas
concorrentes, porque não tem
ações -a moeda escolhida para
aquisições e fusões, por ser um
meio muito mais "barato" do que
o pagamento em moeda.
A Goldman, Sachs não informou
seu possível valor após se tornar
uma empresa de capital aberto.
Especulações no mercado, baseadas em valores de ações de outros
bancos de investimentos, indicam
que deverá valer entre US$ 20 e
US$ 30 bilhões. Também não foi
informado como isso será dividido entre sócios, diretores de gerenciamento, investidores e empregados.
Nos últimos 20 anos, a empresa
tentou abrir o capital por pelo menos seis vezes, mas sempre foi barrada por sócios minoritários, porque receberiam apenas uma pequena parte. Com os atuais valores
das ações no mercado, o 0,25% referente à parte dos investidores
minoritários pode ser avaliado em
US$ 75 milhões.
Para alguns analistas, a decisão
da Goldman, Sachs foi baseada
também no fato de que seus sócios
acreditariam que a Bolsa de Valores atingiu seu pico.
Em nota oficial divulgada ontem, o vice-presidente da Goldman, Sachs, Jon Corzine, e o vice
diretor-executivo, Henry Paulson
Jr, disseram que "como uma empresa aberta, a Goldman, Sachs,
vai ter força financeira e flexibilidade estratégica para continuar a
servir nossos clientes efetivamente
e responder ao mercado e ao meio
competitivo a longo prazo".
(ALESSANDRA BLANCO)
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