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CRISE NO AR
Fundação diz que é "inaceitável" ter apenas 5% na nova empresa
Varig faz ressalva na fusão com TAM
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
Em nota preparada para divulgação nos jornais de hoje, em forma de publicidade, o Conselho de
Curadores da Fundação Ruben
Berta (controladora da Varig) admite a fusão da Varig com a TAM,
mas classifica como "inaceitável"
a proposta de que ela tenha apenas 5% da empresa resultante da
fusão.
Foi a primeira reunião do conselho desde que sua composição
anterior ao dia 24 de maio, presidida por Yutaka Imagawa, opositor da fusão, foi restabelecida por
liminar da 2ª Vara Empresarial do
Rio, concedida no último dia 1º.
Em maio, uma assembléia do
colégio deliberante da Ruben Berta havia destituído o conselho da
fundação e o então presidente da
FRB-Par (Fundação Ruben Berta
Participações), Gilberto Rigoni.
Rigoni entrou na Justiça do Rio
com um pedido de anulação da
assembléia, sob a alegação de que
ela contrariou o estatuto da fundação, deliberando sobre assunto
que não estava na pauta original.
A juíza Gisele Guida de Faria
acatou o pedido na forma de liminar, antes do julgamento do mérito. A FRB-Par é a empresa por
meio da qual a Ruben Berta controla a Varig. Um recurso impetrado pelos dirigentes destituídos
pela liminar está em fase de julgamento.
Na nota, os conselheiros reempossados dizem que são "positivos" os resultados da "cooperação operacional" da Varig com a
TAM, mas rejeitam o pré-acordo
de fusão.
"Entende o conselho que estudos relativos à reestruturação da
Varig devem contemplar formas
de associação mais profundas
com a TAM e até mesmo uma
eventual fusão, desde que negociada em bases mais equânimes e
transparentes, já que era inaceitável o modelo que limitava a 5% a
participação societária da Varig
na nova empresa", diz o texto.
A nota pede o apoio para a Varig de "autoridades federais e estaduais" e informa que a empresa
"tem ativos que superam o total
da sua dívida e que podem se tornar disponíveis a curto prazo, caso haja boa vontade das referidas
autoridades".
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