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BENEFÍCIO
Senado aprova projeto de lei
Empresa volta a pagar salário-maternidade
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado aprovou ontem projeto de lei que devolve às empresas a responsabilidade pelo pagamento do salário-maternidade às
mães empregadas na iniciativa
privada. Esse mecanismo permite
às mães licença de 120 dias do serviço após o nascimento do filho.
Em 2002, o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) pagou
361,09 mil desses benefícios, no
total de R$ 199,63 milhões. Ao todo, somando as empregadas domésticas e as trabalhadoras rurais, que continuam recebendo
nos postos do INSS, o órgão pagou, em salários-maternidade, R$
327,9 milhões no ano passado.
Até 1999, esse benefício era pago
diretamente pelas empresas. Alegando a necessidade de conter
fraudes, o INSS, por meio de uma
nova lei, assumiu o pagamento,
com teto de até R$ 12,72 mil, ficando o pagamento do restante
do salário por conta da empresa
-quando fosse o caso.
Em março deste ano, sob o argumento de que o INSS desenvolvera novos mecanismos de fiscalização, o governo apresentou projeto de lei repassando às empresas, como antes, o pagamento do
salário-maternidade.
Também contaram para a mudança os transtornos alegados pelas mães de, para receber o benefício, terem de ir aos postos do
INSS, submeter-se à burocracia e
às filas de atendimento.
O projeto já foi aprovado pela
Câmara. E, como não sofreu alterações no Senado, segue direto
para sanção presidencial. O presidente Lula tem prazo de até 15
dias úteis para sancionar e mandar publicar a nova lei.
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