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CONTAS
Governo quer discutir superávit
País mudará cálculo com FMI, diz Mantega
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Guido Mantega
(Planejamento) afirmou ontem
que é uma determinação do governo federal que os gastos com
alguns investimentos em infra-estrutura sejam retirados da contabilidade do superávit primário
(economia de receitas para pagamento de juros).
"É algo que está amadurecido.
Mais que amadurecido, é uma determinação do presidente da República. Portanto terá que ser
cumprida", disse Mantega.
Na terça-feira da próxima semana chega ao Brasil a diretora de
Assuntos Fiscais do FMI (Fundo
Monetário Internacional), Teresa
Ter-Minassian, que vai conduzir
as negociações com o Brasil sobre
o tema.
Anteontem, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy,
disse que o objetivo da missão do
Fundo seria definir melhor a necessidade de realizar investimentos e como enquadrar isso do
ponto de vista fiscal.
Desfecho
O secretário disse, entretanto,
que a retirada dos investimentos
do cálculo de superávit primário
seria um "possível desfecho", mas
não o objetivo principal.
"Vamos discutir como que,
dentro da arquitetura fiscal, se
pode dar apoio maior ao investimento em infra-estrutura. Agora,
não se deve colocar de uma maneira simplista, que vai tirar [o
gasto] do primário", afirmou Joaquim Levy.
Mantega afirmou que o secretário do Tesouro deve ter sido mal
interpretado porque o propósito
do governo é exatamente que
"haja essa mudança de contabilização de parte dos gastos". O ministro admitiu, porém, que a discussão com o FMI é conduzida
pelo Ministério da Fazenda.
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