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SP lança parcelamento total de dívidas
Governo quer promover em setembro programa que permite negociação de todo débito com o Estado, tributário ou não
Idéia é permitir parcelamento até das multas de trânsito nas estradas estaduais; projeto
depende de aprovação da Assembléia Legislativa
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo lançará, em setembro, um programa de parcelamento incentivado de todas as dívidas com o Estado. A exemplo do que aconteceu com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços), haverá redução de
multas e juros no pagamento à
vista ou em prestações.
Do IPVA (Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores) ao licenciamento ambiental, toda dívida com o Estado de São Paulo, tributária ou
não, poderá ser negociada. A
idéia é permitir o parcelamento
até das multas de trânsito nas
estradas estaduais, a cargo do
DER (Departamento de Estradas e Rodagem).
Segundo o secretário de Fazenda de São Paulo, Mauro Ricardo Costa, a estimativa é que
as dívidas com o Estado -à exceção do ICMS, objeto de recente parcelamento- somem
R$ 26 bilhões.
O projeto -que dependerá
de aprovação da Assembléia
Legislativa- prevê redução de
75% do valor das multas e de
60% dos juros em caso de pagamento à vista.
Para o pagamento parcelado,
as multas serão reduzidas em
40%. Os juros, em 50%. As dívidas serão parceladas em até 15
anos, com a fixação de prestação mínima. O governo ainda
não decidiu se será inferior a
R$ 500 mensais.
"Vai ser à semelhança do
ICMS. Esse programa será referente a todas as outras dívidas junto ao governo do Estado:
IPVA, ITCMD, taxas...Todas as
pessoas que devem ao Estado
poderão parcelar à semelhança
do que foi estabelecido para o
ICMS", disse o secretário.
O projeto será enviado no
mês que vem à Assembléia para
que o programa vigore, por três
meses, a partir de setembro.
Também em agosto, o governo espera a aprovação do projeto que permite desconto de
30% do ICMS para o consumidor que exigir a nota fiscal. Pelo
projeto da nota fiscal eletrônica, o consumidor pode acumular crédito para abatimento do
IPVA ou até como saldo no cartão de crédito.
A proposta esbarra em resistências na Assembléia. "Pode
ter. Mas não vai vir às claras.
Quem reage é quem sonega.
quem paga os tributos adequadamente não perde nada. Muito pelo contrário. Vai ter mais
consumidor para ir comprar
nele", avalia Mauro Ricardo.
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