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COMÉRCIO EXTERIOR
Governo usa dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador para diminuir seca de crédito para exportadores
Socorro para exportador terá R$ 2 bi do FAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As linhas de crédito para empresas exportadoras terão um reforço de R$ 2 bilhões, provenientes de recursos do FAT (Fundo de
Amparo ao Trabalhador), depositados no BNDES.
Esse valor deve se somar ao US$
1 bilhão, anunciado anteontem,
que o BNDES vai liberar para financiar exportações nas próximas semanas. O objetivo é atender os pedidos de empréstimos
que têm sido recusados pelo mercado devido à crise de confiança
na economia brasileira.
Até o fim do ano, o banco vai receber mais US$ 1 bilhão do BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento), que também poderá
beneficiar as exportações.
O governo federal publica hoje
no "Diário Oficial" da União uma
medida provisória que autoriza a
alocação dos depósitos do FAT no
BNDES para financiar comércio
exterior.
O reembolso dos recursos, de
acordo com a medida provisória,
deve ser feito em até 180 dias, em
parcela única. O FAT será remunerado pelo "empréstimo" dos
recursos. Caberá ao ministro do
Trabalho adotar as providências
necessárias para a alocação dos
recursos.
Os US$ 2 bilhões anunciados
anteontem para reforçar as linhas
de crédito do BNDES serão utilizados para aliviar a falta de liquidez observada nas últimas semanas. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, os
R$ 16 bilhões disponíveis no mercado em bancos comerciais para
financiar as exportações foram
reduzidos a cerca de R$ 13 bilhões
nas últimas semanas por falta de
renovação nos empréstimos. Segundo os exportadores, a escassez
é mais aguda.
O Banco Central também vai reforçar os recursos que serão disponibilizados para os exportadores, mas ainda não foram definidos valores. Parte das reservas em
dólares do país será utilizada para
oferecer empréstimos aos exportadores, mas o valor ainda não foi
divulgado.
Energia
A medida provisória publicada
hoje também modifica a forma de
o BNDES arrecadar recursos para
fornecer o empréstimo para as
distribuidoras e geradoras de
energia elétrica reporem as perdas com o racionamento. O banco poderá financiar as empresas
do setor com o superávit financeiro obtido em 2001.
Dessa forma, o BNDES não concorre com o Tesouro na captação
de recursos, o que teria um "impacto negativo" no mercado, de
acordo com o governo.
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