São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2006

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Energia sobe menos, e inflação ao consumidor americano diminui

Indicador avança 0,2% em agosto, ante 0,4% em julho; dado pode influenciar Fed

DA FOLHA ONLINE

O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, o CPI, registrou uma alta de 0,2% em agosto, recuando em relação ao aumento registrado no mês anterior, de 0,4%, informou ontem o Departamento do Trabalho dos EUA.
O núcleo da inflação (que exclui os preços de alimentos e energia, mais voláteis) também se manteve em 0,2% no mês passado, patamar considerado adequado tanto pelos investidores no mercado financeiro como pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano).
Segundo o departamento, os preços de energia tiveram alta menor no mês passado, assim como os preços de moradia e de transporte.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a inflação registrou alta de 3,8% em agosto, enquanto o núcleo apresentou alta de 2,8% -nesse caso, o resultado ficou acima da margem considerada adequada pelo Fed, de 2%.

Juros
Os dados sobre inflação de ontem foram recebidos com otimismo no mercado e a expectativa dos analistas é que influenciem a decisão do Fed na próxima quarta-feira, quando o banco deve decidir sobre a sua taxa de juros.
No mês passado, o BC dos EUA manteve sua taxa em 5,25% ao ano, interrompendo dois anos de altas consecutivas.
O Fed começou a subir os juros em junho de 2004, quando eles estavam em apenas 1%, menor taxa em quatro décadas.
O fim da alta da taxa de juros norte-americanos é positiva para o Brasil, já que, quando os ativos nos EUA se tornam mais rentáveis, os investidores tendem a tirar dinheiro de mercados emergentes, nos quais há maior risco.

Energia e habitação
Os preços da energia no país tiveram alta de 0,3%, depois de dispararem em julho, com alta de 2,9%.
Já os de transporte subiram apenas 0,2%, com a redução nos preços da gasolina e a queda de 0,1% nos preços de carros novos. Em julho, os preços da categoria tiveram alta de 1,6%.
Os custos de moradia (que respondem por cerca de 40% do CPI) tiveram alta de 0,2%. Os aluguéis subiram 0,4%.
A categoria vestuário teve alta de 0,9% em seus preços; na categoria educação e comunicação, os preços registraram aumento de 0,3%.


Com agências internacionais

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