DA SUCURSAL DO RIO

A Pnad confirma que as mulheres estão aumentando sua participação no mercado de trabalho. A população ocupada aumentou em cerca de 2,5 milhões de pessoas. Desse total, 52% eram mulheres.
A receita de expansão feminina no mercado de trabalho inclui aumento do grau de instrução e redução no número de filhos. Apesar disso, as vagas ainda apresentam remuneração inferior.
"A evolução feminina é forte e está impulsionando o aumento da ocupação", afirmou Vandeli Guerra, analista do IBGE.
A educação ainda não se traduziu em melhora no rendimento. Em 2005, as mulheres recebiam o equivalente a 70,8% do rendimento masculino.
Para Marcelo de Ávila, economista do Ipea, as mulheres deverão no futuro equiparar seus rendimentos ao recebido pelos homens. "Se a participação das mulheres continuar crescendo, elas vão conseguir igualar o rendimento."
Segundo a pesquisa, as mulheres ocupadas tinham em média 8 anos de estudo. Entre os homens, o total de anos de estudo era de 7,1. A distribuição da população ocupada confirma que a inserção da mulher no mercado de trabalho está relacionada ao maior grau de instrução. Entre a população ocupada masculina, 29,8% tinham mais de 11 anos de estudo, ou seja, no mínimo concluíram o ensino médio. Para as mulheres, essa fatia sobe para 40,6%.
O sinal de que as mulheres estão ganhando espaço no mercado é o nível de ocupação, que mede a relação entre o número de pessoas ocupadas e o total de trabalhadores em potencial, pessoas de 10 anos ou mais em idade ativa. Desde 1998, esse índice mantêm uma trajetória de crescimento e em 2005 atingiu o maior patamar da série.


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