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Campanha do governo vai capitalizar "vitória"
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A presidência prepara uma
campanha publicitária para dezembro para capitalizar a "vitória" do Brasil sobre a crise econômica e apontar para um futuro "promissor" em 2010.
Os anúncios devem ser veiculados em TVs, rádios, jornais,
revistas e internet. Fazem parte da programação do segundo
semestre da Secretaria de Comunicação (Secom), órgão vinculado diretamente à Presidência da República, que administra uma verba anual de R$ 187
milhões para a publicidade institucional do governo.
"Nós, brasileiros, fomos
bem-sucedidos, trabalhamos e
saímos da crise muito antes de
outros países. A campanha vai
nessa linha, mostrando as conquistas do país e encerrando a
crise", afirma Ottoni Fernandes Jr., secretário-adjunto de
Comunicação da Presidência.
Segundo ele, os anúncios ainda estão na fase de planejamento. Se seguirem o padrão de recentes campanhas do governo,
contudo, pode-se esperar imagens de canteiros de obras e
trabalhadores sorridentes no
campo e na cidade.
A mensagem tem a intenção
de dar um fecho otimista ao
ano de 2009, em que a crise
ocupou o noticiário, e preparar
o brasileiro para o ano seguinte,
em que o governo espera que a
economia cresça até 5%. A criação de um ambiente positivo no
país é fundamental para a campanha presidencial da ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A propaganda de "conclusão"
da crise é a perna final de uma
trilogia iniciada em dezembro
do ano passado, auge da turbulência econômica.
Na época, a Secom pôs no ar
uma campanha com o mote "o
Brasil confia nos brasileiros",
lançando mão inclusive de declarações de apoio ao país de líderes mundiais como os presidentes Barack Obama (EUA) e
Nicolas Sarkozy (França). A
ideia era que as pessoas não parassem de consumir.
Já neste ano, outra campanha promoveu o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) como política de retomada. A propaganda dizia que
"o PAC põe em marcha importantes obras de infraestrutura".
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