São Paulo, sexta-feira, 16 de novembro de 2007

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Ministério Público denuncia 15 sob acusação de fraude no caso Cisco

Ex-presidente da multinacional no Brasil é um dos denunciados à Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público Federal de São Paulo denunciou 15 pessoas sob a acusação de fraude na importação de produtos que beneficiavam a empresa de informática Cisco. Um dos acusados é o ex-presidente da multinacional no Brasil, Carlos Roberto Carnevali, que está preso.
A denúncia é a formalização da acusação. Se recebida pela Justiça, os citados tornam-se réus em processo criminal.
O grupo é acusado de, em nome de preços mais competitivos, montar um complexo esquema de compra e venda de produtos de informática com uso de empresas fantasmas e corrupção de servidores.
Para facilitar o entendimento do caso, a Procuradoria "fatiou" as acusações. Duas denúncias foram oferecidas anteontem, outras ainda virão.
No primeiro caso, Carnevali e dez executivos são acusados de descaminho, por meio de importação fraudulenta, e uso documentos falsos. Segundo a Procuradoria, entre 2006 e 2007, o grupo fez pelo menos 16 importações fraudulentas- com total de US$ 300 milhões.
Além de Carnevali, foram denunciados Helio Pedreira, Moacyr Sampaio, Fernando Grecco, Marcelo Ikeda (que estão presos), Reinaldo Grillo, Marcílio Palhares Lemos, Gustavo Procópio, Everaldo Silva e Leandro da Silva.
Na segunda denúncia, o Ministério Público acusou o empresário Cid Guardia Filho e o auditor aposentado da Receita Ernani Maciel de cuidarem do desembaraço aduaneiro dos produtos importados. Outros dois "colaboradores" também foram incluídos na acusação.
Paulo Iasz de Morais, que defende Pedreira, afirma que a denúncia foi oferecida quando o prazo legal já havia expirado -a peça deveria ser oferecida em até 15 dias depois da decretação da prisão preventiva. "O prazo terminou no domingo."
Celso Villardi, advogado de Guardia Filho e de Maciel, afirma que não há provas contra seus clientes. Arnaldo Malheiros Filho, que defende Carnevali, está fora do Brasil. Outros advogados não foram localizados pela Folha ontem.


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