São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

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FMI elogia independência do Banco Central brasileiro e prevê expansão mundial de 5%

DA REDAÇÃO

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo de Rato, apontou o Banco Central brasileiro como um dos exemplos de independência na América Latina. "A independência dos bancos centrais deu resultados muito bons nos países que a aumentaram", afirmou o espanhol, que também elogiou as instituições do México e Colômbia.
"Meu conselho institucional e pessoal é que a independência dos bancos centrais é um elemento muito importante para o bom governo e oferece um instrumento muito importante para a estabilidade dos preços."
Ele não disse a quais BCs latino-americanos se referia, mas repetiu o mesmo conselho ao ser questionado sobre a situação na Venezuela e no Equador.
Sobre a decisão do venezuelano Hugo Chávez de nacionalizar os setores de eletricidade e de telefonia, Rato pediu que, se concretizada a medida, aconteça em um "processo ordenado". "Aconselharíamos ao governo que mantenha estáveis as condições de investimentos."

Expansão global
A expansão da economia mundial se aproximará de 5% neste ano, disse o diretor do FMI. Ele manteve a previsão feita pelo órgão em setembro.
De acordo com Rato, os riscos à expansão mundial são atualmente "menos ameaçadores" do que eram em setembro de 2006, quando o Fundo previu uma expansão de 4,9% para a economia mundial.
Para Rato, a economia global vive um dos mais importantes períodos de crescimento desde a Segunda Guerra.
A previsão do espanhol é muito mais otimista que a da ONU. A entidade disse, na semana passada, que a economia mundial avançará 3,2% neste ano, segundo o relatório "Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2007".
Entre os riscos apontados pelo espanhol ao crescimento estão uma alta inesperada dos preços do petróleo e os desequilíbrios dos fluxos mundiais de comércio e investimentos, que se refletem no déficit em conta corrente recorde registrado pelos EUA.
"Ainda que a economia dos Estados Unidos tenha se desacelerado, em grande parte por causa de uma contínua fraqueza no mercado imobiliário, o que posso dizer é que um pouso suave parece mais certo, já que a queda nos preços de energia tem ajudado o crescimento do emprego e do consumo."
Neste ano, o crescimento da economia dos EUA e do Japão será mais lento do que o FMI havia previsto anteriormente, afirmou a entidade. Já a Europa e os países emergentes da Ásia provavelmente se sairão melhor do que o previsto.


Com agências internacionais

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