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FMI elogia independência do Banco Central brasileiro e prevê expansão mundial de 5%
DA REDAÇÃO
O diretor-gerente do FMI
(Fundo Monetário Internacional), Rodrigo de Rato, apontou
o Banco Central brasileiro como um dos exemplos de independência na América Latina.
"A independência dos bancos
centrais deu resultados muito
bons nos países que a aumentaram", afirmou o espanhol, que
também elogiou as instituições
do México e Colômbia.
"Meu conselho institucional
e pessoal é que a independência
dos bancos centrais é um elemento muito importante para
o bom governo e oferece um
instrumento muito importante
para a estabilidade dos preços."
Ele não disse a quais BCs latino-americanos se referia, mas
repetiu o mesmo conselho ao
ser questionado sobre a situação na Venezuela e no Equador.
Sobre a decisão do venezuelano Hugo Chávez de nacionalizar os setores de eletricidade e
de telefonia, Rato pediu que, se
concretizada a medida, aconteça em um "processo ordenado".
"Aconselharíamos ao governo
que mantenha estáveis as condições de investimentos."
Expansão global
A expansão da economia
mundial se aproximará de 5%
neste ano, disse o diretor do
FMI. Ele manteve a previsão
feita pelo órgão em setembro.
De acordo com Rato, os riscos à expansão mundial são
atualmente "menos ameaçadores" do que eram em setembro
de 2006, quando o Fundo previu uma expansão de 4,9% para
a economia mundial.
Para Rato, a economia global
vive um dos mais importantes
períodos de crescimento desde
a Segunda Guerra.
A previsão do espanhol é
muito mais otimista que a da
ONU. A entidade disse, na semana passada, que a economia
mundial avançará 3,2% neste
ano, segundo o relatório "Situação Econômica Mundial e
Perspectivas para 2007".
Entre os riscos apontados
pelo espanhol ao crescimento
estão uma alta inesperada dos
preços do petróleo e os desequilíbrios dos fluxos mundiais
de comércio e investimentos,
que se refletem no déficit em
conta corrente recorde registrado pelos EUA.
"Ainda que a economia dos
Estados Unidos tenha se desacelerado, em grande parte por
causa de uma contínua fraqueza no mercado imobiliário, o
que posso dizer é que um pouso
suave parece mais certo, já que
a queda nos preços de energia
tem ajudado o crescimento do
emprego e do consumo."
Neste ano, o crescimento da
economia dos EUA e do Japão
será mais lento do que o FMI
havia previsto anteriormente,
afirmou a entidade. Já a Europa e os países emergentes da
Ásia provavelmente se sairão
melhor do que o previsto.
Com agências internacionais
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