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Citi tem prejuízo de US$ 8,3 bi no 4º trimestre
DA REDAÇÃO
Mostrando o enfraquecimento das instituições financeiras americanas, o Citigroup
anunciou que perdeu US$ 8,29
bilhões nos últimos três meses
do ano passado, acumulando
prejuízos desde o quarto trimestre de 2007. Nesse período,
o Citi deixou de ser o maior
banco dos Estados Unidos, sendo ultrapassado pelo Bank of
America e pelo JPMorgan.
O resultado não foi o pior da
história do banco, que já tinha
perdido US$ 9,83 bilhões entre
outubro e dezembro de 2007,
mas mostra que os prejuízos
voltaram a se acelerar. No terceiro trimestre do ano passado,
ele perdera US$ 2,82 bilhões
-US$ 5,47 bilhões menos do
que nos três meses seguintes.
Em 2008, as perdas do Citigroup somaram US$ 18,72 bilhões, mas, acrescentando os
últimos três meses de 2007 e as
baixas contábeis (revisão do valor de ativos), o prejuízo chega a
US$ 90 bilhões, o que equivale
a cerca de um terço do PIB da
África do Sul, a 30ª maior economia mundial.
Com a divisão do banco em
duas operações (uma considerada mais lucrativa, e a outra,
mais arriscada), ele abandona
um modelo criado em 1998,
quando foi realizada a fusão entre o Citicorp e o Travelers
Group. Por ele, o cliente conseguiria resolver em um só banco
todas as necessidades financeiras, de investimento a seguro.
Agora, a parte "problemática", a Citi Holdings, que inclui
financeiras (inclusive no Brasil), corretoras e administradora de ativos, deverá ser negociada aos poucos.
O primeiro passo para essa
separação foi dado nesta semana, quando o Citi concordou
com a fusão da sua corretora
Smith Barney com o Morgan
Stanley. Pelo acordo, recebeu
US$ 2,7 bilhões e iniciou um
processo em que irá se desfazer
das operações mais arriscadas.
Em novembro, o Citi já tinha
dado sinais dos seus problemas. Primeiro quando anunciou a demissão de 52 mil funcionários. Poucos dias depois, o
governo americano injetou
US$ 20 bilhões no banco e se
comprometeu a honrar a maior
parte de US$ 306 bilhões em
papéis problemáticos. Em outubro, o governo já havia colocado US$ 25 bilhões no banco.
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