São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2009

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Citi tem prejuízo de US$ 8,3 bi no 4º trimestre

DA REDAÇÃO

Mostrando o enfraquecimento das instituições financeiras americanas, o Citigroup anunciou que perdeu US$ 8,29 bilhões nos últimos três meses do ano passado, acumulando prejuízos desde o quarto trimestre de 2007. Nesse período, o Citi deixou de ser o maior banco dos Estados Unidos, sendo ultrapassado pelo Bank of America e pelo JPMorgan.
O resultado não foi o pior da história do banco, que já tinha perdido US$ 9,83 bilhões entre outubro e dezembro de 2007, mas mostra que os prejuízos voltaram a se acelerar. No terceiro trimestre do ano passado, ele perdera US$ 2,82 bilhões -US$ 5,47 bilhões menos do que nos três meses seguintes.
Em 2008, as perdas do Citigroup somaram US$ 18,72 bilhões, mas, acrescentando os últimos três meses de 2007 e as baixas contábeis (revisão do valor de ativos), o prejuízo chega a US$ 90 bilhões, o que equivale a cerca de um terço do PIB da África do Sul, a 30ª maior economia mundial.
Com a divisão do banco em duas operações (uma considerada mais lucrativa, e a outra, mais arriscada), ele abandona um modelo criado em 1998, quando foi realizada a fusão entre o Citicorp e o Travelers Group. Por ele, o cliente conseguiria resolver em um só banco todas as necessidades financeiras, de investimento a seguro.
Agora, a parte "problemática", a Citi Holdings, que inclui financeiras (inclusive no Brasil), corretoras e administradora de ativos, deverá ser negociada aos poucos.
O primeiro passo para essa separação foi dado nesta semana, quando o Citi concordou com a fusão da sua corretora Smith Barney com o Morgan Stanley. Pelo acordo, recebeu US$ 2,7 bilhões e iniciou um processo em que irá se desfazer das operações mais arriscadas.
Em novembro, o Citi já tinha dado sinais dos seus problemas. Primeiro quando anunciou a demissão de 52 mil funcionários. Poucos dias depois, o governo americano injetou US$ 20 bilhões no banco e se comprometeu a honrar a maior parte de US$ 306 bilhões em papéis problemáticos. Em outubro, o governo já havia colocado US$ 25 bilhões no banco.


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