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Santander demite 400 por conta de fusão com Real, diz sindicato dos bancários
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santander demitiu cerca
de 400 funcionários no país,
segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo (ligado à
CUT). De acordo com o sindicato, a maioria das demissões
ocorreu nos centros administrativos do Santander e do
Real, comprado em 2007.
Os cortes aconteceram em
áreas de apoio em que havia
sobreposição de funcionários
em São Paulo, em decorrência
do processo de fusão entre os
bancos. As demissões não envolveram funcionários de
agências de ambos os bancos.
Procurado, o Santander não
quis comentar o assunto. O
banco emprega 22 mil funcionários e o Real, outros 32 mil.
"Não sei se o Santander está
se aproveitando da crise para
implementar essas demissões. [Os cortes] Têm mais a
ver com a duplicação dos funcionários. Mas isso não se justifica porque o Santander foi o
banco menos afetado pela crise. Os empresários têm se
aproveitado da crise para demitir e tentar conseguir a flexibilização dos direitos dos
trabalhadores", disse Rita
Berlofa, diretora do sindicato
e funcionária do Santander.
Os sindicalistas fizeram
manifestação ontem em frente à sede do Real, na avenida
Paulista, e próximo dos centros administrativos do Real e
do Santander. O sindicato não
descarta fazer paralisações.
Segundo os bancários, desde outubro já foram contabilizados 3.236 desligamentos,
sendo 2.109 dispensas na região de São Paulo e Osasco. Os
números não incluem as demissões no Santander.
Em outubro de 2008, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, veio ao Brasil divulgar o plano para integração do Real e minimizou a
necessidade de cortes. O banco alegava uma forte complementaridade geográfica, além
de alta rotatividade dos funcionários. À época, anunciou
investimentos de R$ 2,5 bilhões, ganhos de sinergia de
R$ 2,7 bilhões. Disse que pretendia abrir 400 agências e
contratar mais funcionários.
Após comprar o Banespa
em 2000, o Santander abriu
um programa demissões que
atraiu cerca de 8.000 dos
22.300 empregados.
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