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Inflação ao consumidor nos EUA é a menor desde 1954
Com demanda em queda, índice subiu 0,1% em 2008
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A inflação ao consumidor nos
EUA ficou praticamente estável, em 2008. Em mais um dia
de más notícias para a economia americana, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou ontem que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) fechou o ano em
0,1%, a menor alta desde 1954.
O que poderia ser considerada uma boa notícia em outros
tempos é um termômetro da
economia enfraquecida. O CPI
próximo à deflação reflete a
forte queda do poder de consumo do americano -ou seja,
quanto menos demanda, menor o preço- e o recuo nos preços do petróleo, que tiveram redução de quase 75% desde o pico de julho. A queda do petróleo permitiu o declínio nos preços de itens que vão de gasolina
e óleo para calefação até passagens aéreas.
Em dezembro, o CPI teve deflação de 0,7%, marcando o terceiro mês consecutivo de queda
no indicador -em novembro,
houve deflação de 1,7%, e, em
outubro, de 1%. O índice anual
de 0,1% é bem inferior ao que
era esperado pelo Fed (BC
americano) -entre 1,5% e 2%.
Em 2007, a inflação ao consumidor havia registrado 4,1%.
Na comparação com novembro, no mês passado os preços
de energia caíram 8,3% -somando queda recorde de 21,3%
em 2008-, os do transporte
caíram 4,4%, as passagens aéreas tiveram queda de 1,2% e os
preços dos veículos recuaram
0,4%. Os veículos tiveram queda anual de 3,2%, a maior desde
1971. Os alimentos baixaram
0,1% no mês. Habitação, responsável por 40% do CPI, não
registrou alteração.
O núcleo do CPI, medida pela
qual economistas avaliam o risco de deflação generalizada e
que exclui a variação de preços
de alimentos e de energia, itens
considerados mais voláteis, subiu 1,8% em 2008, apesar da
queda de 0,3% no quarto trimestre. Essa foi a menor alta do
núcleo do CPI desde 2003. Em
dezembro, o núcleo ficou estável em relação a novembro.
Apesar da queda da demanda, a confiança do consumidor
americano registrou pequena
melhora em janeiro, de acordo
com o índice da Universidade
de Michigan divulgado anteontem. O índice que mede esse
sentimento ficou em 61,9, ante
60,1 em dezembro e 55,3 em
novembro. Economistas esperavam uma leitura de 59.
Indústria
A produção em fábricas, minas e concessionárias de serviços públicos caiu 2% em dezembro -depois do declínio de
1,3% em novembro-, o que foi
mais que o dobro da queda informada anteriormente, disse
ontem o Federal Reserve (Fed,
BC dos EUA). A utilização da
capacidade instalada se igualou
ao nível mais baixo desde 1983.
Em relação a dezembro de
2007, a queda foi de 7,8%. No
quarto trimestre como um todo, a queda foi de 11,5% na comparação com o mesmo período
de 2007. As fábricas estão reduzindo a produção e os gastos
devido à queda da demanda externa e interna. As vendas ao
consumidor nos Estados Unidos passam pelo período mais
longo de queda em pelo menos
16 anos.
Com agências internacionais
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