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Centrais dizem que projeto gera disputa política
DA REPORTAGEM LOCAL
Sindicalistas afirmam que
o projeto de modernização
da carteira de trabalho gerou
uma disputa entre o Ministério do Trabalho, comandado
por Carlos Lupi, e Marcílio
Marques Moreira, integrante da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que deixou o cargo
de presidente no final do mês
passado. Marques Moreira
questionava o fato de Lupi
acumular dois cargos -o de
ministro e o de presidente
nacional do PDT.
Há quatro meses a comissão recomendou ao presidente Lula a remoção de Lupi do ministério ou sua saída
da presidência do PDT, por
entender que havia conflito
de interesses. O ministro
deixou o comando do partido
no início deste mês.
Em apoio a Lupi, quatro
centrais sindicais (Força Sindical, UGT, CGTB e Nova
Central) divulgaram nota em
dezembro em que questionavam o fato de Marques
Moreira pertencer ao conselho da American Banknote,
empresa que fez carteiras em
papel para o ministério.
"Não faz o menor sentido.
Pertenço ao conselho da empresa desde 1994, mas o conselho não toma conhecimento dos pequenos negócios da empresa. Só de grandes negócios, como aquisições e fusões", afirma Marques Moreira. "O contrato foi ganho em pregão eletrônico. Nem
sabia que havia esse contrato. O valor não chega a 2% do
faturamento da empresa."
Carlos Affonso D'Albuquerque, diretor de relações
com investidores da American Banknote, diz que a empresa fabricou somente um
lote de 2,5 milhões de unidades em um contrato de R$ 5,1
milhões. "A empresa venceu
uma concorrência. Esse é
nosso "business". E se houver
concorrência para produzir
o cartão magnético, a empresa também irá participar."
O ministério não informou
quando deverá ser aberta a
licitação para o cartão eletrônico, que deve substituir a
carteira, porque o projeto de
modernização ainda está em
fase de elaboração.
(CR e FF)
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