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ANO DO DRAGÃO
Alta menor dos preços no atacado foi a principal causa da baixa do índice, que ficou em 1,24% neste mês
Inflação de abril pelo IGP-10 também recua
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação deste mês medida
pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) foi de 1,24%, com redução
de 0,34 ponto percentual em relação ao índice de março (1,58%).
A principal causa da desaceleração do índice da FGV (Fundação
Getúlio Vargas) foi a redução da
alta dos preços no atacado. Foi o
menor IGP-10 desde maio de
2002 (0,70%). O índice acumula
alta de 7,74% desde janeiro e de
33,08% em 12 meses.
Segundo o economista Salomão
Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, "o efeito
do câmbio já começa a se fazer
sentir sobre os preços". Mas ele
acrescentou, em seguida, que esse
efeito ainda é pequeno e deverá
ser sentido mais intensamente
nas próximas semanas.
No período de coleta dos dados
para o cálculo do IGP-10 (11 de
março a 10 deste mês), a cotação
do dólar recuou 7,13%. Quadros
disse que o IGP-DI (Índice Geral
de Preços - Disponibilidade Interna) deste mês, cujo período de coleta de dados termina no dia 30,
poderá ser inferior a 1%, contra
1,66% em março. O IGP-10 (de 11
de um mês a 10 do mês de referência), o IGP-M (de 21 de um mês a
20 do mês de referência) e o IGP-DI (de 1º a 30 do mês de referência) são índices cuja única diferença é o período de coleta.
O IPA (Índice de Preços por
Atacado), que representa 60% do
IGP-10, registrou alta de 1,24%
neste mês, a mesma do índice geral, com queda de 0,50 ponto percentual em relação ao resultado
do mês anterior (1,74%). O IPA
também foi o menor desde maio
de 2002 (0,48%).
Os combustíveis e os lubrificantes, cuja alta caiu de 4,96% no
IGP-10 de março para 1,14% neste
mês, contribuíram com um terço
da desaceleração do IPA, segundo
Quadros. Os produtos agrícolas,
com queda de preços de 0,50% no
conjunto, também foram decisivos para a redução da alta de preços no atacado.
Quadros disse que dos 18 grupos de produtos que compõem o
IPA, 12 ainda apresentaram aceleração. "Isso mostra que a desaceleração ainda não é um fato generalizado", afirmou.
No varejo, os preços dos alimentos voltaram a se acelerar, fazendo com que o IPC (Índice de
Preços ao Consumidor), que representa 30% do IGP-10, passasse
de 1,20% para 1,22% de março para abril.
O tomate, que aumentou
46,22%, representou a maior contribuição individual para a alta do
IPC (0,1484 ponto percentual). O
INCC (Índice Nacional de Custo
da Construção), que completa o
IGP-10, com 10% de peso, subiu
1,31% em abril, contra 1,47% em
março.
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