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São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2003

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ANO DO DRAGÃO

Alta menor dos preços no atacado foi a principal causa da baixa do índice, que ficou em 1,24% neste mês

Inflação de abril pelo IGP-10 também recua

DA SUCURSAL DO RIO

A inflação deste mês medida pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) foi de 1,24%, com redução de 0,34 ponto percentual em relação ao índice de março (1,58%).
A principal causa da desaceleração do índice da FGV (Fundação Getúlio Vargas) foi a redução da alta dos preços no atacado. Foi o menor IGP-10 desde maio de 2002 (0,70%). O índice acumula alta de 7,74% desde janeiro e de 33,08% em 12 meses.
Segundo o economista Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, "o efeito do câmbio já começa a se fazer sentir sobre os preços". Mas ele acrescentou, em seguida, que esse efeito ainda é pequeno e deverá ser sentido mais intensamente nas próximas semanas.
No período de coleta dos dados para o cálculo do IGP-10 (11 de março a 10 deste mês), a cotação do dólar recuou 7,13%. Quadros disse que o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) deste mês, cujo período de coleta de dados termina no dia 30, poderá ser inferior a 1%, contra 1,66% em março. O IGP-10 (de 11 de um mês a 10 do mês de referência), o IGP-M (de 21 de um mês a 20 do mês de referência) e o IGP-DI (de 1º a 30 do mês de referência) são índices cuja única diferença é o período de coleta.
O IPA (Índice de Preços por Atacado), que representa 60% do IGP-10, registrou alta de 1,24% neste mês, a mesma do índice geral, com queda de 0,50 ponto percentual em relação ao resultado do mês anterior (1,74%). O IPA também foi o menor desde maio de 2002 (0,48%).
Os combustíveis e os lubrificantes, cuja alta caiu de 4,96% no IGP-10 de março para 1,14% neste mês, contribuíram com um terço da desaceleração do IPA, segundo Quadros. Os produtos agrícolas, com queda de preços de 0,50% no conjunto, também foram decisivos para a redução da alta de preços no atacado.
Quadros disse que dos 18 grupos de produtos que compõem o IPA, 12 ainda apresentaram aceleração. "Isso mostra que a desaceleração ainda não é um fato generalizado", afirmou.
No varejo, os preços dos alimentos voltaram a se acelerar, fazendo com que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que representa 30% do IGP-10, passasse de 1,20% para 1,22% de março para abril.
O tomate, que aumentou 46,22%, representou a maior contribuição individual para a alta do IPC (0,1484 ponto percentual). O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que completa o IGP-10, com 10% de peso, subiu 1,31% em abril, contra 1,47% em março.


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