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Cliente paga a mais e não recebe
nenhum produto
DA SUCURSAL DO RIO
Quando em 1998 resolveu
mobiliar o apartamento onde
mora, em Paracambi (Baixada
Fluminense), com as últimas
novidades que o real permitia
comprar em utilidades para o
lar, a enfermeira Erika Pereira,
30, não imaginava que estaria
prestes a pagar a primeira prestação de um grande problema.
Cliente da Buri Administradora de Consórcios S/C Limitada -cuja liquidação foi decretada ontem pelo Banco Central-, a enfermeira somente
ontem teve a certeza do alto
custo do sonho de consumo:
R$ 1,8 mil, que não deverão ser
ressarcidos integralmente, segundo lhe adiantaram os funcionários do consórcio.
Pagos em 36 parcelas, para
adquirir uma lavadora, um microondas e um aparelho de ar-condicionado, o valor já superou em R$ 526 o custo de mercado dos três aparelhos. Como
não bastasse ter quitado a última parcela em abril do ano
passado, Erika nunca recebeu
os aparelhos.
"Desde então, sempre que
cobrava deles os produtos, alegavam que estavam em dificuldades com inadimplência. Prometiam, no entanto, que assim
que os problemas fossem resolvidos, eles me dariam as mercadorias", afirmou a enfermeira, que ainda sofreu nos últimos meses para provar que
não estava em débito com três
parcelas do microondas.
Ela soube da liquidação do
consórcio ontem à tarde, na sede da Buri, no centro do Rio.
Lá também estava o autônomo Renato Amparo, 36. Amparo ficou sabendo da liquidação por meio de um amigo. Resolveu cobrar o ar-condicionado prometido pelo consórcio,
cuja última parcela quitara em
dezembro.
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