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AUTOMÓVEIS
Segundo o presidente da montadora, a intenção é treinar funcionários e aumentar o número de horas
extras
Ford quer crescer 25% sem contratar
CLAUDIA GONÇALVES
da Reportagem Local
A Ford planeja ampliar em 25% a
produção de automóveis na sua fábrica localizada em São Bernardo
do Campo, na Grande São Paulo,
no segundo semestre deste ano.
Com isso, passará de 1.000 para
1.250 unidades por dia.
O principal motivo do crescimento é a grande demanda pelo
Ford Ka, lançado em fevereiro
passado.
A produção do Ka, que atualmente é de 300 unidades diárias,
deve chegar a 500 unidades entre
agosto e setembro próximos.
De acordo com o presidente da
empresa, Ivan Fonseca e Silva, o
aumento da produção será obtido
apenas com o treinamento de funcionários e o aumento das horas
extras. Silva descarta contratações.
"Podemos ampliar a produção
com o mesmo número de empregados", avalia.
A fábrica de São Bernardo do
Campo tem hoje 7.000 funcionários trabalhando em dois turnos e
já opera com plena capacidade.
Mesmo aumentando a produção
do Ka, a Ford continua apostando
no Fiesta como carro-chefe de suas
vendas. Em abril, o modelo teve
9.691 unidades comercializadas,
seu melhor resultado desde outubro do ano passado. O Ka registrou 4.951 unidades vendidas e o
Escort, 4.947.
Entre os modelos importados,
foram comercializados 373 Ford
Taurus e 1.499 Ford Mondeo.
A montadora, que detém atualmente 14,6% do mercado nacional, também pretende ampliar este
ano sua participação. A picape
Fiesta, a ser lançada até o final de
97, é parte dessa estratégia.
"Este é um ano chave para nós.
Queremos ampliar nossa fatia de
mercado e sustentá-la a partir do
ano que vem, quando novas montadoras chegarão ao país e a competição será maior", diz Silva.
Mas a Ford não pretende, por enquanto, fabricar o Mondeo no
Brasil. Na avaliação de Silva, o
Mondeo só será produzido no país
quando o consumo chegar a 50 mil
unidades/ano. Hoje as vendas giram em torno de 15 mil unidades/ano.
Em abril a empresa registrou seu
melhor desempenho de vendas
nos 78 anos em que opera no Brasil, com 27.147 veículos comercializados.
"Enquanto a indústria automobilística nacional aumentou em
20% suas vendas, as nossas cresceram 45%", afirma Silva.
Restrição ao consumo
Segundo o presidente da Ford o
aumento de cerca de 6% nas prestações dos financiamentos -gerado pelo crescimento da alíquota
do IOF- está sendo "bem gerenciado" pelos consumidores.
"Esperamos que não ocorram
mais medidas de restrição ao consumo. Se isso ocorrer, vai significar demissões."
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