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Mercado Aberto
Serviço vende mais na rua que em shopping
Os serviços oferecidos em estabelecimentos de rua são sempre mais usados que os de
shopping pelos consumidores
brasileiros. Cabeleireiro, manicure e barbeiro são os mais usados do país e a qualidade é a característica levada em conta na
hora da compra.
Esses dados fazem parte do
resultado da pesquisa "Serviços
no Varejo - A Visão do Consumidor", realizada com 2.017 entrevistados em diferentes regiões do país, em abril, pela
consultoria Gouvêa de Souza. O
estudo será apresentado durante o 10º Fórum do Varejo,
que a empresa promove nesta
semana.
Os shoppings são preteridos
em todas as categorias pesquisadas. No caso dos cabeleireiros, o número um do ranking, a
preferência por salões de rua
chega a 91%, contra 22%. Com
os chaveiros, a diferença é da
preferência de 90% para os estabelecimentos de rua, contra
2% de shoppings (veja quadro).
Apesar de os serviços de rua
terem a preferência dos entrevistados e de os de shopping
centers reunirem principalmente lojas, eles foram citados
como um ponto importante de
concentração do setor.
Na lista dos mais usados, depois dos cabeleireiros, estão os
serviços digitais, de revelação
de fotos e download (80%) e,
em terceiro, chaveiro e entrega
em domicílio (76%).
Os fatores mais importantes
na hora de contratar um serviço são a qualidade (41%), a forma de pagamento (39%) e o
atendimento (24%). O profissionalismo (11%) e a indicação
(10%) também foram citados.
Segundo Luiz Goes, diretor
de pesquisas da Gouvêa de Souza, a pesquisa também aponta
para oportunidades de mercado. A maior delas é o oferecimento de serviços dentro das
marcas varejistas, como uma
rede de lojas de construção passar a oferecer a pintura completa além da tinta.
"O varejo está em posição
privilegiada, tem capilaridade e
proximidade com o consumidor", diz Goes, que cita o exemplo da americana Best Buy, especializada em eletroeletrônicos, que passou a oferecer também serviço de manutenção de
computadores.
"No Brasil, ainda somos virgens. Temos muito o que explorar, muito espaço", afirma.
Entre as conclusões da pesquisa está também o fato de o
conceito de serviço ainda ser
muito difuso para o consumidor. "Há sempre uma clareza
maior quando falamos de produto", diz Goes. "Há muitos tipos de serviço com baixas citações na pergunta que se refere a
tipos de serviço."
Os serviços mais citados foram os de telefonia (10%), de
domésticas (8%), de emprego e
oportunidade de trabalho (5%),
e de energia (4%).
A pesquisa também detectou, além de redes varejistas,
que os fabricantes, com 89% de
aceitação, também estão aptos
a oferecer serviços.
Agência entra em rede de independentes
A agência Adag anuncia hoje, em Cannes, sua entrada na rede internacional de agências independentes thenetworkone, da qual fazem parte 250 agências em cerca de 60 países.
Nos últimos anos, a agência manteve conversas com representantes de grupos globais de comunicação, mas não encontrou um parceiro que oferecesse independência de gestão.
"Ao fazer parte dessa rede, poderemos ajudar clientes internacionais dispostos a conquistar mercado no Brasil e também os clientes nacionais interessados em romper fronteiras, algo cada vez mais comum nesse mundo globalizado", diz o sócio-diretor Celso Piratininga Jr.
O anúncio será feito no Festival Internacional de Publicidade de Cannes logo após a apresentação do presidente da thenetworkone, Julian Boulding, no seminário de redes independentes.
NO TOPO
O brasileiro Carlos Brito,
47, CEO da InBev, foi eleito
o melhor executivo na categoria de bebidas da Europa
pela tradicional revista "Institutional Investor". A cada
cinco anos, a revista faz uma
ampla pesquisa com especialistas, analistas, gestores
de fundos e consultores de
mercado para eleger os
CEOs de diversos setores da
economia na Europa. Brito,
que presidia a AmBev no
Brasil, assumiu o comando
da InBev em 2005. Na época, a InBev valia, no mercado
de ações, a metade da
Anheuser-Busch. Neste ano,
a InBev se tornou a maior
cervejaria do mundo. Em
maio, seu valor de mercado
era de US$ 51,5 bilhões, e o
da Anheuser-Busch, US$ 40
bilhões. Engenheiro, Brito
começou na empresa em
1989, na Brahma, oriundo da
Fundação Estudar. Sua ascensão profissional foi meteórica. Em janeiro de 2004,
pouco antes da fusão entre a
AmBev e a Interbrew, ele assumiu a direção geral da
AmBev.
AMBIENTE
Pesos pesados do empresariado brasileiro se reúnem
nesta semana em um jantar
promovido pelo banqueiro
André Esteves (UBS Pactual) para homenagear o
americano Peter Seligmann,
fundador e principal executivo da CI (Conservação Internacional), uma das maiores ONGs ambientalistas do
mundo. A CI, que está presente no Brasil desde 1988,
atua em mais de 30 países.
BELEZA FRANCESA
L'Occitane põe país no "top 20' A francesa L'Occitane
inaugurou, na semana passada, no Brasil, sua primeira
franquia fora da França. O
local escolhido foi Alphaville,
na região da Grande São Paulo. Segundo o presidente
mundial da marca, Reinold
Geiger, a estratégia combina
com o país, que tem algumas
das 20 lojas mais bem-sucedidas do grupo.
A previsão da marca é que,
até o fim do ano, seis franquias sejam abertas no país.
Até 2010, o número deve
chegar a 22. Hoje, no total, a
L'Occitane tem 22 lojas nas
principais capitais brasileiras, além de outros cem pontos-de-venda, com mais de
500 produtos.
Além da expansão, o Brasil
também deve entrar na composição das fórmulas da marca. Leia, a seguir.
FOLHA - Por que a primeira franquia fora da França no Brasil?
REINOLD GEIGER - No Brasil, faz
mais sentido, economicamente, abrir franquias em
pequenas cidades ou em cidades distantes de São Paulo.
É um modelo adequado.
FOLHA - Como vê o mercado
brasileiro? Em comparação à
França, a renda do brasileiro é reduzida. Isso reduz as vendas?
GEIGER - Em geral, nós acreditamos que nossos produtos são os melhores. Nossos
preços não são extremamente altos, são razoáveis. Estamos presentes em muitos
países e temos bons negócios
não só onde há pessoas ricas.
Acreditamos que os brasileiros amam seus corpos, suas
faces e cuidam muito do
bem-estar. Nós fazemos ótimos negócios com as nossas
lojas brasileiras. Temos duas
ou três lojas brasileiras entre
as 20 melhores do mundo.
FOLHA - Os produtos que os brasileiros compram são os mesmos
de outros países?
GEIGER - São os mesmos, em
grande parte. Se são best-sel-lers em Paris, são em Nova
York e em São Paulo.
FOLHA - A L'Occitane usa algum
tipo de ingrediente brasileiro?
GEIGER - Ainda não, mas em
breve vamos usar. Estamos
trabalhando em algo.
FOLHA - Há alguma região do
país que vocês exploram mais
nas pesquisas?
GEIGER - O Brasil é um país
muito rico em ingredientes
naturais.
CÁTEDRA
Altamiro Boscoli, sócio do
escritório Demarest e Almeida Advogados, passa a
integrar a partir deste mês a
diretoria da Harvard Law
School Association of Brazil.
LONDON CALLING
Biocombustíveis e TI, entre outros, compõem o encontro promovido por Apex,
ABDI e Itamaraty para empresários britânicos e brasileiros, em Londres no dia 25.
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