São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Medidas para o milho 1 A Conab vai comprar 400 mil toneladas de milho provenientes de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás para recompor os estoques do governo, disse ontem o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Amauri Dimarzio. A operação deve envolver cerca de R$ 200 milhões. Medidas para o milho 2 O ministério negocia com a área econômica do governo uma linha de recursos excepcionais de R$ 450 milhões para lançar contratos de opções para 2 milhões de toneladas de milho. Neste ano, o governo já adquiriu 1,5 milhão de toneladas do produto nos leilões de opções. Medidas para o milho 3 Dimarzio disse ainda que a Conab, em conjunto com a Ceagesp (São Paulo) e a Casemg (Minas Gerais), está trabalhando na recuperação de cerca de 40 armazéns que devem ser preparados para receber o produto. Males da supersafrinha Com a supersafrinha de milho, estimada pela Conab em 11 milhões de toneladas -uma alta de 79% sobre a colheita anterior-, os produtores estão preocupados com a possibilidade de queda dos preços e com os problemas de armazenagem que esse aumento da oferta pode trazer. Exportar o excedente Com o excesso da oferta, o ministério deverá incentivar as exportações do milho. "Com o volume que está sendo colhido nesta safra [45,8 milhões de toneladas nas duas colheitas], temos excedente de cerca de 4 milhões de toneladas que podem ir para o mercado externo", afirmou Dimarzio. Consumo X clima O preço do boi gordo no Estado de São Paulo ainda não sofreu alteração neste mês. Segundo a FNP Consultoria & Agroinformativos, a arroba está sendo negociada a R$ 56. Para José Vicente Ferraz, da FNP, o preço não sobe devido à limitação do consumo, em razão da baixa renda e do desemprego que atinge o consumidor. Entretanto o preço não cai porque o clima está favorecendo as pastagens, permitindo que o pecuarista retenha o boi no pasto por mais tempo. Queda-de-braço Desde terça-feira estão em vigor as novas exigências de rastreabilidade para as exportações de carne bovina para o mercado europeu. Esse fato passou a contribuir para a paralisia que afeta o mercado. Os frigoríficos fazem pressão para reduzir o preço do animal não-rastreado. Segundo Ferraz, apenas se faltar efetivamente animal rastreado, o que ainda não dá para prever, poderá haver uma diferença de preços entre os não-rastreados e os rastreados. Custo para o produtor A Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná), único órgão público do país certificado pelo Ministério da Agricultura para o Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina), prevê que o custo da rastreabilidade está em torno de R$ 1,75 por cabeça. Nesse valor estão incluídos os brincos com códigos de barra e numeração, o certificado de origem, o certificado de conformidade e o documento de identificação do animal. E-mail: akianek@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Dólar cai e encosta no menor valor do ano Próximo Texto: Estratégia: AmBev diz que acompanha preço da Coca Índice |
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