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AFTOSA
Secretário disse que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul aceitaram redução
Acordo reduz verba, diz ministério
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O secretário da Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, afirmou
ontem que os "secretários da
Agricultura de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul" concordaram,
em abril passado, com a liberação
de verbas ao Norte e Nordeste. O
acordo seria a razão para os atrasos na liberação de recursos para
os dois Estados.
"Eu não me lembro de ter sido
consultado", afirmou o secretário
da Produção de Mato Grosso do
Sul, José Antônio Felício, que pediu ao ministério R$ 5 milhões.
O secretário do Desenvolvimento Rural de Mato Grosso, Homero Pereira, confirma o acordo,
mas diz que desde o ano passado
pede R$ 10 milhões.
O Ministério da Agricultura
priorizou neste ano a erradicação
da febre aftosa nas regiões Norte e
no Nordeste.
Segundo ele, foram repassados
R$ 16,675 milhões durante o primeiro semestre ao Norte e ao
Nordeste. A verba é usada na contratação de veterinários e em fiscalizações sanitárias.
Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul, donos de ao menos 49 milhões de cabeças de gado, 27% do
rebanho nacional, reclamam que
não receberam os R$ 15 milhões
solicitados ao governo federal.
Os dois Estados são considerados áreas livres da aftosa com vacinação, mas têm fronteiras com a
Bolívia e Paraguai, onde há animais doentes.
Pará
Apesar da liberação dos R$
16,675 milhões, foi registrado um
foco da doença em Monte Alegre,
no Pará. O Norte e Nordeste têm
53 milhões de cabeças de gado, segundo o ministério.
No início do mês, o Ministério
da Agricultura obteve R$ 18 milhões para erradicação da aftosa.
Como não podem ocorrer repasses aos Estados 90 dias antes das
eleições, o dinheiro ficará nas delegacias federais da Agricultura.
Não está definido o quanto será
aplicado em cada Estado, mas
Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul não têm chances, segundo Tadano, de receber R$ 15 milhões.
No ano passado, eles ficaram com
R$ 1,1 milhão cada, disse Tadano.
(HUDSON CORRÊA)
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