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Banco afirma que operação é normal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil defendeu o empréstimo de
R$ 4,3 bilhões à Oi, que
tem entre seus sócios a
Previ, fundo de pensão dos
funcionários do banco estatal. Segundo a assessoria
de imprensa do BB, "não
existe, absolutamente,
conflito de interesses" na
transação.
Alegando questões de sigilo comercial, o BB não
confirmou os detalhes do
empréstimo.
Questionado pela Folha, o BB também alegou
sigilo para não informar se
costuma realizar operações de valor semelhante
com outras empresas. Sua
carteira de crédito total
-que inclui operações
com pessoas físicas e empresas de todos os portes-
é de pouco mais de R$ 200
bilhões.
Para o advogado Arnoldo Wald Filho, do escritório Wald e Associados, não
há sinais de conflito de interesse. "É uma coisa normal de mercado, qualquer
outro banco privado poderia ter feito o financiamento", afirma.
Segundo Wald Filho,
não há problema na transação desde que as condições acertadas no contrato
sejam condizentes com as
práticas de mercado.
O instrumento escolhido para o empréstimo foi a
chamada CCB (Cédula de
Crédito Bancário), uma
espécie de nota promissória que pode ser negociada
no mercado financeiro. Isso significa que o banco
pode vender essas cédulas
para outros investidores
antes do vencimento do
empréstimo.
Normalmente, uma empresa que queira levantar
um volume grande de dinheiro por meio da CCB
faz uma espécie de concorrência entre vários bancos
e opta pela instituição financeira que oferecer as
condições mais favoráveis.
Para financiar grandes
fusões ou aquisições, muitas companhias preferem
tomar o financiamento em
vários bancos diferentes,
já que um único banco poderia considerar muito arriscado liberar um empréstimo de vários bilhões
para apenas uma empresa
A compra da Anheuser-Busch pela InBev, por
exemplo, deve envolver
um crédito de US$ 45 bilhões a ser concedido por
um grupo de dez bancos.
Outra possibilidade é a
emissão de ações na Bolsa,
o que leva geralmente a
uma diluição do capital da
empresa.
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