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Vaivém das commodities
mzafalon@folhasp.com.br
EFEITO CRISE
A crise do setor imobiliário
nos Estados Unidos chegou
forte também às commodities
agrícolas. O café, líder nas quedas ontem, recuou 6,6% na Bolsa de Nova York. Com isso, o
produto perdeu parte da recuperação de preço das últimas
semanas devido ao clima e à safra menor no Brasil.
QUEDA GERAL
Londres e Chicago também
não ficaram imunes à queda.
No mercado londrino, o açúcar
caiu 3%. Em Chicago, a soja ficou 4,7% mais barata. A queda
no exterior derrubou os preços
também no mercado interno,
inclusive no mercado futuro da
BM&F.
PREOCUPAÇÃO
O CDPC aprovou proposta
orçamentária de R$ 2,6 bilhões
para o Funcafé para 2008. Parte do setor cafeeiro está preocupada com os novos destinos
do dinheiro do fundo. Na visão
dessa parte do setor, o dinheiro
deveria chegar diretamente aos
produtores, sem a participação
de intermediários.
SEM SUPERSAFRA
A estimativa de moagem de
420 milhões de toneladas de
cana-de-açúcar no centro-sul
não deverá se concretizar neste
ano. A moagem fica em 410 milhões. Mesmo assim, 10% acima da de 2006. Os dados foram
divulgados ontem pela Unica
-entidade que congrega os usineiros da região centro-sul.
AS CAUSAS
Essa estimativa tem como
base a redução ocorrida até julho. Antônio de Pádua, da Unica, dá quatro razões para a
moagem menor: elevado índice
de chuva, que interrompe a safra; incidência de broca na lavoura, que derruba a qualidade
da matéria-prima; mais fibra na
cana, que gera mais bagaço; e
colheita mecanizada, que contém mais impureza e palha.
PRODUTIVIDADE
A conjugação desses fatores
deve provocar quebra agrícola
de 2% e redução de 4% na qualidade da matéria-prima quando comparados os dados da safra deste ano em relação aos de
2006/7.
MAIS ÁLCOOL
Da safra de cana-de-açúcar
deste ano, 55% serão destinados à produção de álcool. O restante fica para açúcar. Esses
percentuais mostram distanciamento do equilíbrio ocorrido no ano passado. O açúcar está com queda de preços e a demanda por álcool se mantém
aquecida.
CONVERSA COM A ÍNDIA
A produção de cana-de-açúcar da Índia está voltada para o
açúcar. Com isso, o excedente
atual daquele país é exportado
com subsídios e está derrubando os preços internacionais.
Marcos Jank, presidente da
Unica, diz que é necessária uma
conversa entre Brasil e Índia
-país que deveria adotar um
programa de álcool, o que diminuiria a oferta de açúcar.
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