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Alcatel prevê plena capacidade em abril
da Reportagem Local
A Alcatel conseguiu alcançar
US$ 600 milhões em encomendas
por ano entre 1996 e 1997. Hoje sofre hoje com a suspensão temporária de pedidos pós-privatização.
Para preservar o quadro de empregados no período de fraca produção, a empresa decidiu adotar o
banco de horas.
Por esse método, o funcionário
trabalha menos em épocas de fraca produção e compensa as horas
não trabalhadas quando necessário. Sem que, para isso, a empresa
pague hora extra.
No caso da Alcatel, o contrato
coletivo de trabalho negociado em
maio prevê um limite de flexibilidade de jornada de 88 horas para
todos os funcionários, inclusive da
área administrativa.
Pela primeira vez, um grupo de
12 empregados da área administrativa da empresa permaneceu
oito dias em casa, que serão compensados mais tarde.
Para o presidente da Alcatel,
Jean François Fille, o quadro é
temporário. Ele acredita que, a
partir de abril, a fábrica irá trabalhar com 100% de sua capacidade.
"No futuro, deverá haver contratações", disse.
Segundo a avaliação da Abinee,
os 100 mil empregos a serem criados com a privatização do sistema
Telebrás, previstos no relatório
usado pelo BNDES, poderão ser
alcançados em 18 meses. "De 18 a
24 meses, outros 100 mil poderão
surgir", afirma Roberto Isnard.
Para ele, o crescimento de demanda do setor será suficiente para absorver esse aumento no número de postos de trabalho.
Para a associação, gerar 100 mil
vagas em dez anos é muito pouco.
(Para comparar: há no Estado de
São Paulo 1,6 milhão de desempregados.)
A Lucent, fornecedora no mercado nacional há dois anos, afirma
que o período de poucos pedidos
não gerou demissões.
"Sempre trabalhamos com uma
estrutura enxuta", afirma Luiz
Lisboa, diretor de marketing. A
empresa está empregando mais
600 pessoas na região de Campinas (SP), onde implanta sua nova
unidade.
Lisboa acredita que o volume de
pedidos para o setor deve ser retomado num prazo de 30 a 60 dias.
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