HAROLDO CERAVOLO SEREZA
de Paris

O Comitê de Estabelecimentos de Crédito francês se reúne hoje para discutir o futuro de três dos principais bancos do país -BNP, Paribas e Société Générale. A decisão pode levar à criação do primeiro banco mundial em ativos, com cerca de US$ 1 trilhão, e um dos maiores grupos bancários mundiais, em cotação na Bolsa.
Depois de uma batalha de quase seis meses, em que tentou adquirir o controle do Paribas e do Société Générale, o BNP conseguiu apenas parte de seus objetivos. Por meio de uma operação de troca de ações, obteve 65,1% das ações do Paribas, mas apenas 36,8% das do SG.
O comitê e o Banco Central francês decidem nesta semana se os 36,8% que o BNP adquiriu do SG significam um controle efetivo ou não do banco. O comitê pode obrigar o BNP a devolver as ações aos antigos acionistas, se optar por manter o SG separado do grupo.
O presidente do SG, Daniel Bouton, afirmou que os acionistas de seu banco se pronunciaram contra a fusão com o BNP e que "não acredita em fusão a três": "O Société Générale não está à venda", disse.
A ação do BNP perdeu ontem 2,6%, a do Paribas, 3,8%, e a do SG, 1,06%. A batalha entre os três grupos começou em 1º de fevereiro, quando o SG e o Paribas anunciaram um projeto de fusão.


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