São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 2002

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PANORÂMICA

CRISE NA AL

FMI descarta missão para cobrar compromissos de candidatos na Argentina
O FMI negou ontem que planeje enviar nesta semana uma missão a Buenos Aires para obter dos pré-candidatos argentinos à Presidência garantias de que as políticas defendidas pelo organismo continuariam a ser implementadas se fosse fechado um acordo de longo prazo com o atual governo.
Na sexta, o presidente do BC, Aldo Pignanelli, havia dito que o FMI considerava necessário que houvesse um compromisso dos pré-candidatos antes de fechar um acordo que poderia valer para depois de maio, quando toma posse o novo presidente.
Por isso, o diretor do Fundo para América Latina, Anoop Singh, viajaria ao país para negociar metas fiscais e um cronograma para pôr fim ao "corralito" com os pré-candidatos.
No entanto o Fundo informou, em nota oficial, que as negociações continuam, mas que a próxima reunião com autoridades argentinas está prevista para acontecer na próxima semana, em Washington.
Segundo o Ministério da Economia, a diretoria do FMI deve se reunir hoje para discutir um novo cronograma de negociações com país.
Apesar de as negociações continuarem, o secretário do Tesouro dos EUA, Paul O'Neill, disse ontem que não "faz sentido" ajudar a Argentina enquanto o país não mostrar avanços na elaboração de um plano sustentável em conjunto com o FMI.

Expectativa
O governo argentino tenta firmar um acordo com o Fundo que compreenda a rolagem de todas as dívidas com organismos financeiros internacionais até o final de 2003, e não só até maio, quando termina o mandato de Eduardo Duhalde.
Por isso, os principais pré-candidatos já começaram a receber do governo um documento com os quatro pontos principais das negociações com o FMI que deveriam ser aprovados, segundo o jornal "Buenos Aires Económico".
No documento, o governo pede que os pré-candidatos se comprometam a respeitar o acordo que venha a ser firmado com o FMI, honrem os contratos já firmados com investidores, mantenham políticas de austeridade fiscal e evitem a impressão de moeda para.
(DE BUENOS AIRES)


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