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PLUGADO
Atividade ainda tem fatia pequena do setor, diz IBGE
Informática é segmento que mais cresce em serviços em cinco anos
GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO
As atividades relacionadas a informática registraram a maior expansão do setor de serviços no
Brasil em cinco anos. Pesquisa do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que, de
1998 a 2002, último ano do levantamento, esse segmento teve uma
alta de 83,8% na receita operacional líquida e de 113,7% no número
de empresas.
Serviços de informática também obtiveram, nestes cinco
anos, a maior expansão de todos
os setores pesquisados no número de empregos -77,8%- e da
massa salarial real, ou seja, descontada a inflação -48,8%.
Mas, apesar da evolução, esse
segmento teve uma receita operacional líquida de R$ 20,1 bilhões
em 2002, o que representou 6,9%
da receita de serviços, que foi de
R$ 290,5 bilhões. No mesmo ano,
as atividades relacionadas a transportes registraram receita de R$
78,9 bilhões (27,2% do total), ficando em primeiro lugar.
Outro setor que registrou grande expansão no período foi o de
serviços de correio e telecomunicações, que teve um acréscimo de
101,2% no número de empresas.
Com relação à receita líquida, esse
segmento ficou em segundo lugar
em termos percentuais, com
79,2% de aumento de 1998 a 2002.
Em números absolutos, também
ficou na segunda posição, com receita de R$ 65,8 bilhões (22,7% do
total) em 2002.
Em 98, o Brasil tinha 601.992
empresas de serviços. Em 2002,
esse número passou para 945.143,
um aumento de 57%. No mesmo
período, as empresas de serviços
de informática passaram de
19.281 para 41.207. A expansão, de
113,7%, é recorde entre todos os
segmentos, mas, em número absolutos, fica bem abaixo das
312.652 empresas de serviços de
alojamento (hotéis, motéis e pousadas) e alimentação que existiam
naquele ano (33,1% do total).
Apesar de continuar em primeiro
lugar, serviços de alojamento e
alimentação registraram a maior
queda no número de empresas,
pois detinham 42,1% do total em
1998.
Nas pesquisas referentes aos
anos de 98 e 99, o IBGE separava
os serviços de atividades de informática do grupo de telecomunicações e correio. A partir de 2000,
fez um rearranjo, unindo os serviços de telecomunicações, de informática e de televisão, denominado "serviços de informação".
Esse segmento obteve 31,6% da
receita líquida do setor de serviços em 2002, apesar de agrupar
apenas 5,4% das empresas do setor e 6,3% dos empregos.
O pessoal ocupado em serviços
cresceu 10% entre 98 e 2002, mas a
remuneração média mensal teve
uma queda de 11% em salários
mínimos. Em 2001, a remuneração média era de 3,6 mínimos e
passou para 3,2 mínimos.
A queda é reflexo da crise econômica que o país começou a sofrer no final de 2002. Somente em
junho de 2004 a renda média do
trabalhador brasileiro começou a
se recuperar, com alta de 2%. Em
2002, os serviços de informação
eram responsáveis pela maior remuneração média mensal -8,5
salários mínimos.
Neste levantamento, o IBGE
trouxe pela primeira vez informações sobre o comércio internacional de serviços. Os serviços de informação e transportes registraram, juntos, exportações da ordem de R$ 5,9 bilhões em 2002,
representando 4,1% do total da
receita líquida. O destaque ficou
por conta da exportação de serviços de transporte aéreo -passagens compradas por pessoas não-residentes no Brasil-, com R$
3,9 bilhões, representando 65%
do total.
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