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Com novo recorde em NY, Bolsa de SP avança 0,98%
Dólar recua 0,37% e encerra
o pregão cotado a R$ 2,13
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
Um novo recorde da Bolsa de
Nova York -o sétimo em dez
pregões- deu impulso à Bovespa ontem. A Bolsa brasileira
avançou 0,98%, para 39.229
pontos, com giro de R$ 3,58 bilhões -o volume foi inflado pelo exercício de opções sobre
ações, que movimentou R$ 1,1
bilhão. O índice Dow Jones teve elevação de 0,16% e fechou
aos 11.980,60 pontos.
"A fórmula para a nossa Bolsa subir é: tranqüilidade no cenário externo e entrada de recursos de estrangeiros. Isso nós
estamos observando nos últimos dias", afirma Mauro Giorgi, economista da corretora Geração Futuro.
O saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa está positivo em R$ 516,530 milhões
em outubro até o dia 10 -as
compras de ações somaram R$
6,061 bilhões, e as vendas, R$
5,545 bilhões. No acumulado
do ano, o saldo ainda está negativo em R$ 1,706 bilhão.
A Bovespa voltar a testar o
nível de 41 mil pontos, como
em maio, depende dos rumos
da economia dos Estados Unidos. Por isso, todos os indicadores sobre a atividade da maior
potência mundial são acompanhados de perto.
Hoje, sai o PPI (Índice de
Preços ao Produtor) de setembro. Em agosto, ficou em 0,1%,
e a projeção é que aponte queda
de 0,6% dos preços no mês passado. Hoje, também serão divulgados a produção industrial
e utilização da capacidade instalada de setembro.
O CPI (Índice de Preços ao
Consumidor) referente ao mês
passado sai amanhã -a leitura
anterior foi de 0,2%, e a previsão para setembro é de baixa de
0,3% dos preços.
O Fed (Federal Reserve, o BC
dos Estados Unidos) afirmou,
na ata da última reunião do seu
comitê de política monetária,
ainda estar preocupado com a
inflação. Assim, perderam um
pouco a força as apostas do
mercado de que a taxa básica de
juros americana, atualmente
em 5,25% ao ano, poderia vir a
ser cortada logo no começo de
2007.
A expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduza
em 0,5 ponto percentual a taxa
Selic amanhã também anima
os investidores.
Os economistas não descartam um corte ainda maior, sustentado pela previsão de baixo
crescimento do país neste ano
-pelo boletim Focus, pesquisa
realizada semanalmente pelo
BC com analistas, ela é de 3%,
enquanto a do governo é de 4%,
e a do BC, de 3,5%- e pela inflação sob controle.
Política
O segundo turno da eleição
presidencial está no centro das
atenções. Como pode se tornar
mais agressiva, permanecem as
dúvidas sobre a governabilidade tanto para Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), em um eventual
segundo mandato, quanto para
Geraldo Alckmin (PSDB).
"Mas não há uma preocupação do mercado com a vitória
de um ou de outro, já que os
respectivos programas de governo, no que tange à economia, são bastante parecidos",
comenta Giorgi. "É muito mais
importante a definição de
quem vai ser o ministro da Fazenda, o presidente do BC, o secretário do Tesouro."
Câmbio
O dólar comercial caiu
0,37%, vendido a R$ 2,13. O
Banco Central realizou leilão
de compra de divisas à vista,
mas não mexeu com as cotações da moeda, já que continua
grande o ingresso de recursos.
Neste ano, o dólar acumula
desvalorização de 8,39%. A balança comercial teve superávit
de US$ 1,002 bilhão na semana
passada -em 2006, o superávit
é de US$ 36,132 bilhões.
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