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Confiança do consumidor cai e inadimplência tem aumento
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Os consumidores paulistas já
mostram maior apreensão com
as conseqüências da crise financeira internacional para o
país. É o que mostra o ICC (Índice de Confiança do Consumidor), medido pela Fecomercio.
O indicador teve queda de 0,7%
no mês de outubro em relação a
setembro, chegando aos 139
pontos, mas o seu componente
que mede a percepção do futuro caiu 1,5%. Leituras acima de
100 pontos indicam otimismo
e, abaixo, pessimismo.
As pesquisas feitas até o mês
de setembro ainda mostravam
que as notícias sobre os problemas vividos no sistema financeiro do exterior não estavam
preocupando o consumidor comum brasileiro, o qual começa
agora a sentir os efeitos das turbulências no seu dia-a-dia.
Quem está mais ligado ao setor financeiro se diz mais desanimado. O ISE (Índice de Sentimento dos Especialistas em
Economia), calculado pela
mesma instituição, recuou
12,3% em outubro ante setembro, ficando em 86,5 pontos. "A
evolução da confiança vai depender do desenrolar da crise",
afirma Kelly Carvalho, assessora econômica da Fecomercio.
"Porém fica claro que as pessoas estão adotando um comportamento mais cauteloso."
O endurecimento das condições de crédito ao consumidor
fez a inadimplência crescer no
país em setembro, apontam
dois índices.
Segundo a Serasa, que centraliza dados sobre a falta de
pagamento de compromissos
financeiros, a inadimplência de
pessoas físicas avançou 7,6% de
janeiro a setembro de 2008 ante igual período de 2007. Já a
Equifax, que fornece dados para empresas, detectou um aumento de 7,62% na devolução
de cheques no mês passado em
relação a setembro de 2007.
"Esse aumento é reflexo da
alta da taxa de juros e de restrições ao crédito, que são os primeiros efeitos da crise no Brasil. O maior comprometimento
da renda familiar com custos financeiros acaba elevando o volume de cheques devolvidos",
explica Alcides Leite, coordenador do Centro do Conhecimento Equifax.
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