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Liminar obtida por entidade atrasou votação
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A sessão pública de votação do novo Plano Geral de
Outorgas da telefonia fixa se
arrastou por mais de 12 horas, devido a uma liminar expedida pela Justiça Federal,
revogada no início da noite.
Na quarta à noite, o juiz
substituto da 13ª Vara Federal do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho,
atendeu ao pedido da Abramulti (Associação Brasileira
dos Prestadores de Serviços
de Comunicação Multimídia) de que não fossem votados os artigos que permitem
que um mesmo grupo tenha
mais de uma concessão de
telefonia fixa local.
A liminar condicionava a
votação à criação, pela Anatel, de um Plano Geral de
Metas de Competição. A
Abramulti representa pequenas e médias empresas
do setor, principalmente
provedores de internet, que
temem ser eliminados do
mercado, com a fusão das
duas grandes teles.
A entidade alegou à Justiça
Federal que a compra da BrT
pela Oi, sem um plano de metas que garanta a competição
no setor, levará à "verdadeira
cartelização"" do mercado e
que cerca de 2.000 pequenas
empresas poderiam ser inviabilizadas.
"Que garantia temos de
que a Oi não irá desistir da
BrT, em razão da crise econômica mundial, e que as
duas sejam compradas pela
Telefônica e pela Embratel,
ficando a telefonia fixa totalmente nas mãos de capital
estrangeiro?", questionou
Adelmo Santos, presidente
da associação, durante a sessão pública da Anatel. Uma
das motivações alegadas pelo
governo para aprovar a união
das teles é assegurar a existência de uma grande operadora de capital nacional.
O presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente,
que estava na platéia, negou
a possibilidade aventada pelo dirigente da Abramulti.
"Não tenho nenhuma informação sobre isso. A compra da Brasil Telecom pela Oi
já está encaminhada", disse
Valente.
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