São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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GÁS

Em retaliação, MT quer suspender energia à Bolívia

RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O governo de Mato Grosso anunciou que estuda formas de interromper o fornecimento de energia do Brasil para as cidades bolivianas de San Matías e San Ignácio de Velasco, na região da fronteira com o município de Cáceres (220 km de Cuiabá), como "retaliação".
A medida pode ser tomada caso a estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) insista em manter suspenso o fornecimento de gás natural a Mato Grosso pelo ramal do gasoduto Bolívia-Brasil, afirmou ontem o secretário estadual Pedro Nadaf (Indústria, Comércio e Mineração). "Seja por decreto ou por medida judicial, vamos buscar a via da retaliação", disse.
O impasse, que mantém a usina termelétrica Mário Covas sem operar há quase um ano, também interrompeu, há duas semanas, o fornecimento de GNV aos 4.000 usuários de carros convertidos no Estado.
O fornecimento foi interrompido, segundo a YPFB, por dificuldades de produção que a obrigavam a priorizar os maiores contratos -como o da Petrobrás em São Paulo.
O abastecimento de energia ao lado boliviano é feito por uma empresa do Grupo Rede, proprietário da Rede Cemat, distribuidora de energia no Estado.
Em comunicado, o Ministério de Minas e Energia negou a possibilidade de corte, dizendo que esta é uma "prerrogativa apenas do presidente da República".


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