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MERCADO FINANCEIRO
Saída supera entrada em R$ 1,9 milhão no início do mês; recursos externos viriam via ADRs
Saldo estrangeiro na Bolsa fica estável
MARCELO DIEGO
da Reportagem Local
A entrada direta de investidores
estrangeiros na Bolsa de Valores
de São Paulo no início do mês foi
menor do que o mercado previa.
Segundo saldo divulgado ontem pela Bovespa, houve equilíbrio entre entradas (compra de
ações) e saídas (venda) de estrangeiros no mercado brasileiro.
As compras somaram R$ 1,058
bilhão. As vendas, R$ 1,060 bilhão. O saldo ficou negativo em
R$ 1,979 milhão. No ano, a diferença acumulada é positiva em R$
2,164 bilhões.
Os dados se referem aos dez primeiros dias de novembro. Neste
mês, o volume financeiro da Bolsa
melhorou 32,62% em relação a
outubro. Os pregões registraram
altas consecutivas. O movimento
tem sido atribuído por operadores e analistas, em parte, à volta
dos estrangeiros.
Para Flávio Rietman, diretor da
corretora Cinco S/A, o saldo divulgado pela Bovespa se refere
apenas a operações realizadas via
anexo 4 (para aplicação em Bolsa). Parte dos investimentos estrangeiros, porém, estaria entrando por meio de arbitragens, realizadas via venda de ADRs (recibos
de ações brasileiras negociadas no
exterior).
Uma operação de arbitragem
busca lucros comprando e vendendo ativos em diferentes mercados.
"Vamos dizer que eu tenho um
investidor estrangeiro interessado em papéis da Telebrás e disposto a pagar US$ 91. Eu compro
o papel no mercado a US$ 89,
mando para fora e vendo. O dinheiro entra no Brasil, mas não
por meio do anexo 4, que é o que a
Bovespa mede", afirmou Rietman. "Obviamente que quem botou volume na Bolsa neste mês foi
o investidor estrangeiro. Ao comprar e vender, ele cria um efeito
multiplicador, que também atrai
o investidor local", afirmou.
Para Álvaro Augusto Freitas Vidigal, da Socopa Corretora, o saldo ficou estável devido também
ao movimento de realocação de
papéis. "O investidor externo está
comprando papéis específicos e
buscando ser mais seletivo em sua
carteira de investimentos", disse.
Em comparação com os primeiros dez dias de outubro, os volumes de entrada e saída de dinheiro externo cresceram substancialmente. O movimento de compra
cresceu 115%. As vendas aumentaram 52%.
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