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outro lado
Sistema não onera fábricas, diz Casa da Moeda
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Felipe de Nucci Martins, presidente da Casa da
Moeda do Brasil, executora do
Sistema de Controle de Produção de Bebidas e vinculada ao
Ministério da Fazenda, afirma
que as empresas que são contra
o sistema "estão preocupadas
com o leão". Isto é, com o cerco
feito ao setor de bebidas pela
Receita Federal para combater
a sonegação fiscal.
"O custo da implementação
dos equipamentos nas fábricas
será zero para as indústrias. Isso porque o R$ 0,03 pago por
unidade [garrafa, pet ou lata]
produzida poderão ser abatidos
do pagamento de PIS e Cofins.
Quem reclama do sistema está
preocupado em não pagar imposto e concorrer de forma desleal", afirma Martins.
O presidente da Casa da
Moeda informa ainda que
quem definiu a forma de implementação do Sicobe foi a Receita Federal, que também é responsável pela arrecadação do
R$ 0,03 cobrado por unidade
produzida nas fábricas de refrigerante, água mineral, cerveja e
outras bebidas (isotônicos).
A Receita Federal repassa o
dinheiro para a Casa da Moeda
pela manutenção do serviço.
Combate à sonegação
"A Receita Federal está aprimorando o processo de arrecadação de impostos. Esse sistema tem tecnologia de ponta
com dois objetivos: evitar a evasão fiscal e a existência de fábricas clandestinas. Só poderão
circular no país os produtos
que tiverem selo da Casa da
Moeda", afirma Martins.
"Esse equipamento tem condição de contar cada produto
feito na indústria e, como consequência, identificar o imposto que a empresa tem a pagar."
Neste ano, a Casa da Moeda
instalou equipamentos em 103
fábricas de bebidas do país com
505 linhas de produção.
Funcionários da Casa da
Moeda fazem a instalação,
acompanham o funcionamento e fazem a manutenção dos
equipamentos, segundo explica
o presidente da Casa da Moeda,
e não ficam o dia todo dentro
das fábricas.
Segundo Martins, quatro
empresas já entraram na Justiça contra o pagamento do R$
0,03 por unidade e perderam.
"Algumas nem conseguiram liminares. Não há dúvida, pois
esse sistema evita a evasão fiscal e a falsificação de bebidas e,
indiretamente, até ajuda na
saúde das pessoas, que podem
ser vítimas por tomarem uma
bebida falsificada. Grande parte da indústria aplaudiu o sistema", afirma.
(FF e CR)
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