São Paulo, terça-feira, 17 de dezembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Índice da Bolsa paulista atinge maior nível desde julho; analistas esperam alta da Selic amanhã

Bovespa sobe 1,95% e movimenta R$ 1,2 bi

DA REPORTAGEM LOCAL

Influenciada por outros mercados, a Bolsa de Valores de São Paulo atingiu ontem o maior patamar desde julho, com 10.771 pontos. O Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais negociadas do pregão paulista, encerrou o dia com alta de 1,95%.
Em um dia positivo para o dólar e para os títulos externos brasileiros, os investidores se animaram, e o volume financeiro ficou em R$ 1,226 bilhão, dos quais R$ 583,867 milhões devido ao vencimento de opções. Desde abril o volume do exercício de opções não era tão grande.
Telemar, papel de maior peso no Ibovespa, foi a empresa com o maior volume de opções exercidas, seguida pela Net e Itausa.
As maiores altas ficaram com os setores que, de alguma forma, são regulados pelo governo, como energia e telecomunicações.
Para analistas, a alta sinaliza aumento de confiança na equipe do próximo governo. "Muitos investidores venderam ações das empresas dependentes do Estado devido à incerteza no futuro. Hoje elas podem representar uma boa oportunidade, pois são monopolistas, e seus preços caíram muito nos últimos meses", diz Carlos Eduardo Ramos, gestor da ARX Capital Management.
As desvalorizações da Bovespa ficaram principalmente com as empresas exportadoras, devido à queda de 3,74% do dólar. Desde meados de junho, com a alta da moeda norte-americana, essas companhias lideraram as altas da Bolsa, por terem pelo menos parte da sua receita atrelada ao dólar. Com a desvalorização, é esperado que os preços se ajustem.
As maiores altas foram Net PN (7,6%), Embratel Participações PN (7,1%) e Tele Leste Celular PN (6,8%). As maiores baixas ficaram com Bradespar PN (3,6%), Usiminas PNA (3,4%), Tele Celular Sul PN (1,4%) e Vale do Rio Doce PNA (1,1%).

Juros
Para os papéis de curto prazo, com vencimento em janeiro, os juros fecharam com pequena alta de 0,2%. Esse é um sinal de que os investidores esperam que o Comitê de Política Monetária promova nova alta da Selic (taxa básica de juros) amanhã, quando termina a última reunião deste ano. Para os contratos com vencimento em abril, os juros fecharam em queda de um ponto percentual. (GEORGIA CARAPETKOV)


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