|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vizinho reduz têxteis brasileiros
DO ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU
Os empresários brasileiros serão instados a aceitar redução
"voluntária" nas exportações de
certos produtos têxteis para a Argentina. "É sim ou sim", disse ontem à Folha o ministro da Economia do país, Roberto Lavagna, referindo-se à negociação para controlar o que os argentinos denunciam como explosão de exportações brasileiras.
Mas o controle "voluntário"
não é para todo o setor têxtil, e
sim para produtos que de fato registram aumento grande nas vendas: tecidos de índigo, tecidos de
algodão com fios coloridos, carpetes sintéticos e fios de acrílico,
que representam 20% das exportações de produtos têxteis para a
Argentina. O país é o segundo
destino do setor no Brasil, atrás
apenas dos Estados Unidos.
Para o governo brasileiro, o problema não é dos exportadores,
mas dos produtores argentinos,
que não atendem à demanda em
algumas áreas.
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) procurou
Lavagna para dizer-lhe que não
deveria cair na "choradeira" da
UIA (União Industrial Argentina)
e impor salvaguardas para defender o produto argentino.
Domingos Mosca, coordenador
da área internacional da Abit (Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção), classificou
essas negociações como um
"acordo de cavalheiros".
"Vemos muito além desse pequeno problema limitado a quatro produtos. Queremos desenvolver uma cooperação que nos
leve a objetivos muito maiores,
como negociações conjuntas na
Alca ou União Européia".
Colaborou a Reportagem Local
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Pólo Sul: Ar-condicionado derruba presidentes Índice
|