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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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Vizinho reduz têxteis brasileiros

DO ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU

Os empresários brasileiros serão instados a aceitar redução "voluntária" nas exportações de certos produtos têxteis para a Argentina. "É sim ou sim", disse ontem à Folha o ministro da Economia do país, Roberto Lavagna, referindo-se à negociação para controlar o que os argentinos denunciam como explosão de exportações brasileiras.
Mas o controle "voluntário" não é para todo o setor têxtil, e sim para produtos que de fato registram aumento grande nas vendas: tecidos de índigo, tecidos de algodão com fios coloridos, carpetes sintéticos e fios de acrílico, que representam 20% das exportações de produtos têxteis para a Argentina. O país é o segundo destino do setor no Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos.
Para o governo brasileiro, o problema não é dos exportadores, mas dos produtores argentinos, que não atendem à demanda em algumas áreas.
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) procurou Lavagna para dizer-lhe que não deveria cair na "choradeira" da UIA (União Industrial Argentina) e impor salvaguardas para defender o produto argentino.
Domingos Mosca, coordenador da área internacional da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), classificou essas negociações como um "acordo de cavalheiros".
"Vemos muito além desse pequeno problema limitado a quatro produtos. Queremos desenvolver uma cooperação que nos leve a objetivos muito maiores, como negociações conjuntas na Alca ou União Européia".


Colaborou a Reportagem Local


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