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EUA dão novos sinais
de fraqueza econômica
DA REDAÇÃO
Três importantes indicadores
comprovam que a economia norte-americana ainda passa por um
momento ruim: a produção industrial caiu, o déficit comercial
aumentou e a confiança dos consumidores diminuiu. Analistas temem o risco de um novo mergulho recessivo, ainda mais provável
em caso de guerra.
O déficit voltou a disparar em
novembro do ano passado e atingiu o recorde histórico de US$
40,1 bilhões. O aprofundamento
no desequilíbrio das transações
ocorreu devido ao grande consumo de importados, principalmente brinquedos, eletroeletrônicos e roupas.
Segundo o Departamento de
Comércio dos EUA, o saldo negativo cresceu 13,9% em relação a
outubro, quando o déficit tinha ficado em US$ 35,2 bilhões. As exportações continuam a crescer
num ritmo bem mais modesto
dos que as importações.
Em um outro relatório, o Federal Reserve (banco central dos
EUA) informou que a produção
industrial registrou um declínio
de 0,2% em dezembro. No mês
anterior, havia ocorrido um ligeiro avanço de 0,1%.
Para todo o ano de 2002, a produção industrial (fábricas, minas
e usinas) recuou 0,6%, no segundo tombo consecutivo -é a primeira vez que isso ocorre desde
1974-75. Em 2001, o setor, o mais
atingido pela recessão iniciada em
março daquele ano, já tinha sofrido retração 3,5%.
A utilização de capacidade instalada também teve uma queda,
de 75,6%, em novembro, para
75,4%. Os números ficaram abaixo das previsões dos analistas.
A leitura preliminar do índice
de confiança do consumidor da
Universidade de Michigan sinalizou queda: de 86,7 pontos, em dezembro, para 83,7 pontos. O consumo é a locomotiva do país, responsável por dois terços do PIB
(Produto Interno Bruto).
"Os consumidores se tornaram
mais receosos, em primeiro lugar,
pela iminência da guerra com o
Iraque, mas também pela fraqueza do mercado de trabalho e pela
alta do petróleo", disse Stephen
Stanley, economista da corretora
RBS Greenwich Capital.
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