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São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 2003

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EUA dão novos sinais de fraqueza econômica

DA REDAÇÃO

Três importantes indicadores comprovam que a economia norte-americana ainda passa por um momento ruim: a produção industrial caiu, o déficit comercial aumentou e a confiança dos consumidores diminuiu. Analistas temem o risco de um novo mergulho recessivo, ainda mais provável em caso de guerra.
O déficit voltou a disparar em novembro do ano passado e atingiu o recorde histórico de US$ 40,1 bilhões. O aprofundamento no desequilíbrio das transações ocorreu devido ao grande consumo de importados, principalmente brinquedos, eletroeletrônicos e roupas.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, o saldo negativo cresceu 13,9% em relação a outubro, quando o déficit tinha ficado em US$ 35,2 bilhões. As exportações continuam a crescer num ritmo bem mais modesto dos que as importações.
Em um outro relatório, o Federal Reserve (banco central dos EUA) informou que a produção industrial registrou um declínio de 0,2% em dezembro. No mês anterior, havia ocorrido um ligeiro avanço de 0,1%.
Para todo o ano de 2002, a produção industrial (fábricas, minas e usinas) recuou 0,6%, no segundo tombo consecutivo -é a primeira vez que isso ocorre desde 1974-75. Em 2001, o setor, o mais atingido pela recessão iniciada em março daquele ano, já tinha sofrido retração 3,5%.
A utilização de capacidade instalada também teve uma queda, de 75,6%, em novembro, para 75,4%. Os números ficaram abaixo das previsões dos analistas.
A leitura preliminar do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan sinalizou queda: de 86,7 pontos, em dezembro, para 83,7 pontos. O consumo é a locomotiva do país, responsável por dois terços do PIB (Produto Interno Bruto).
"Os consumidores se tornaram mais receosos, em primeiro lugar, pela iminência da guerra com o Iraque, mas também pela fraqueza do mercado de trabalho e pela alta do petróleo", disse Stephen Stanley, economista da corretora RBS Greenwich Capital.


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