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São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 2003

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Estrutura do banco fica mais enxuta e muda foco

DA SUCURSAL DO RIO

Da estrutura de gestão do BNDES adotada na administração de Francisco Gros (2000-2002), muito pouco foi aproveitado pela nova direção: apenas três dirigentes foram mantidos, o número de superintendências caiu de 25 para 12 e o modelo cliente-produto foi abandonado.
No antigo modelo, a gestão era focada nos clientes, criando produtos (como linhas de financiamento específicas) para atendê-los. Também era analisado o risco e o retorno de cada projeto -a visão setorial não era muito clara.
O novo presidente do banco, Carlos Lessa, quer dar destaque a projetos de desenvolvimento orientados pela inclusão social e pelo fomento a setores considerados sensíveis.
Com as mudanças, superintendências foram agrupadas e outras perderam funções, como a de privatização. Foram mantidos nos cargos José Solano, chefe de gabinete da presidência (cuida da representação nos Estados e da avaliação de impacto dos projetos), e Fernando Marques, superintendente de crédito.
Mariza Giannini, diretora de infra-estrutura na gestão anterior, caiu um posto na hierarquia e voltou a ser superintendente jurídica, função que já havia exercido.
Diferentemente da diretoria, com perfil mais acadêmico e ligada ao presidente, os superintendentes escolhidos, técnicos de carreira do banco, são tidos como os "tocadores de obra", que colocarão o banco para funcionar.
Dos indicados, só um é petista histórico: Paulo Roberto Mello, que cuidará de uma das áreas mais importantes do banco: a de indústria. Antes divididos em três superintendências, os projetos do setor serão analisados por ele, um técnico respeitado no banco.
Ligado à economista Maria da Conceição Tavares, Ernani Torres Filho cuidará da área de exportação. Ele estava cedido à ANP (Agência Nacional do Petróleo). A economista indicou dois diretores: Luiz Eduardo Melin (Comércio Exterior) e Márcio Henrique Monteiro (Desenvolvimento Social e Urbano).



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