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Estrutura do banco fica mais enxuta e muda foco
DA SUCURSAL DO RIO
Da estrutura de gestão do
BNDES adotada na administração de Francisco Gros (2000-2002), muito pouco foi aproveitado pela nova direção: apenas três
dirigentes foram mantidos, o número de superintendências caiu
de 25 para 12 e o modelo cliente-produto foi abandonado.
No antigo modelo, a gestão era
focada nos clientes, criando produtos (como linhas de financiamento específicas) para atendê-los. Também era analisado o risco
e o retorno de cada projeto -a visão setorial não era muito clara.
O novo presidente do banco,
Carlos Lessa, quer dar destaque a
projetos de desenvolvimento
orientados pela inclusão social e
pelo fomento a setores considerados sensíveis.
Com as mudanças, superintendências foram agrupadas e outras
perderam funções, como a de privatização. Foram mantidos nos
cargos José Solano, chefe de gabinete da presidência (cuida da representação nos Estados e da avaliação de impacto dos projetos), e
Fernando Marques, superintendente de crédito.
Mariza Giannini, diretora de infra-estrutura na gestão anterior,
caiu um posto na hierarquia e voltou a ser superintendente jurídica, função que já havia exercido.
Diferentemente da diretoria,
com perfil mais acadêmico e ligada ao presidente, os superintendentes escolhidos, técnicos de
carreira do banco, são tidos como
os "tocadores de obra", que colocarão o banco para funcionar.
Dos indicados, só um é petista
histórico: Paulo Roberto Mello,
que cuidará de uma das áreas
mais importantes do banco: a de
indústria. Antes divididos em três
superintendências, os projetos do
setor serão analisados por ele, um
técnico respeitado no banco.
Ligado à economista Maria da
Conceição Tavares, Ernani Torres
Filho cuidará da área de exportação. Ele estava cedido à ANP
(Agência Nacional do Petróleo).
A economista indicou dois diretores: Luiz Eduardo Melin (Comércio Exterior) e Márcio Henrique Monteiro (Desenvolvimento
Social e Urbano).
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