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Retorno do fundo vai depender de projetos e juros
LEANDRA PERES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O fundo que o governo
pretende criar com recursos
do FGTS para investimentos
em infra-estrutura não terá
nenhuma garantia prévia de
rentabilidade. O resultado
dependerá dos projetos que
forem financiados.
Na prática, sempre que os
projetos financiados pelo
FGTS obtiverem um rendimento inferior à taxa de juros que o governo paga sobre
os títulos públicos, o trabalhador perderá dinheiro.
Isso porque seria mais
vantajoso deixar o dinheiro
aplicado em títulos públicos.
Mas, se os projetos financiados com o dinheiro do
FGTS tiverem rendimento
acima da taxa de juros de
mercado, esse resultado aumentará o valor da cota do
fundo e também o patrimônio dos trabalhadores.
Juridicamente, o fundo de
infra-estrutura será constituído como um fundo de investimento cujo único cotista será o FGTS e seguirá a regulamentação da Comissão
de Valores Mobiliários.
Uma das regras é que esse
tipo de fundo não pode dar a
seus cotistas nenhum tipo de
garantia do retorno obtido.
Os R$ 5 bilhões que o governo quer direcionar para
infra-estrutura serão retirados do patrimônio líquido do
FGTS e depositados no fundo de investimento que será
administrado pela Caixa
Econômica Federal.
As diretrizes sobre setores
e projetos que poderão receber o financiamento serão
dadas pelo Conselho Curador do FGTS, mas quem fará
a análise econômica e decidirá sobre a viabilidade dos
projetos será o comitê gestor
do fundo de infra-estrutura.
A composição desse colegiado ainda não está definida, mas os ministérios do
Trabalho e da Fazenda têm
assento garantido.
Além do limite de 30% para investir em um projeto, o
fundo financiará só aqueles
cujos créditos possam ser
vendidos ao mercado, caso o
FGTS precise de recursos.
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